Brasil esquece início perfeito e lembra sufoco em Londres para encarar China

16/08/2016 08h59


Fonte globoesporte.globo.com

São situações extremas em lados opostos. Há quatro anos, o Brasil penou para chegar às quartas de final dos Jogos de Londres. A vaga veio sofrida, num sufoco indesejado no caminho rumo ao sonhado ouro olímpico. Agora, no Rio de Janeiro, o lugar na próxima fase foi garantido de forma perfeita, sem quedas nem mesmo em sets. O sofrimento de 2012, porém, se apresenta como um exemplo para a seleção para a sequência da Olimpíada. Em busca do terceiro título, a equipe quer evitar qualquer deslumbramento pelas exibições até aqui.

O Brasil avançou às quartas de final em primeiro lugar do grupo A. Próxima rival, a China teve três derrotas na fase de classificação. As equipes se enfrentam nesta terça-feira, às 22h15, no Maracanãzinho. Thaísa diz que a seleção está preparada para não se enganar diante dos números de uma primeira etapa próxima da perfeição.

- Nenhuma jogadora desse grupo tem a característica de se deslumbrar, de achar que já está ganho. O jogo contra a China vai ser bem complicado, perigosíssimo. Fase de classificação engana muito, não vale nada. Londres é um exemplo claro, começamos mal e fomos campeãs. Perdemos para a China no último Grand Prix. Agora, temos que usar a torcida a nosso favor, nossa confiança e colocar os pés no chão. Sabemos que não ter perdido set algum não quer dizer nada. Agora é que vale – afirmou a central, que fez sua primeira partida como titular na vitória contra a Rússia.

Sheilla estava lá na conquista do bicampeonato olímpico. Sofreu com a chance palpável de sequer avançar às quartas de final. Por isso, quer fugir de qualquer deslumbramento diante da boa classificação no Rio.

- Com certeza, foi um exemplo grande pensamos que estávamos mortas e revivemos das chamas. Até a própria final, os Estado Unidos vinham ganhando jogos importantes do Brasil e conseguimos ganhar. Tudo pode acontecer, temos de lutar a cada jogo.
Imagem: Yves Herman / ReutersSeleção comemora ponto contra as russas.(Imagem:Yves Herman / Reuters)Seleção comemora ponto contra as russas.

Zé pensa da mesma forma. Diante de um desempenho exemplar na primeira fase, afirma não se enganar. Ainda que as chinesas tenham sido irregulares até aqui, ressalta a força das rivais. Mas evita qualquer comparação da situação delas com a do Brasil em Londres.

- Não é a mesma coisa. Ali (no grupo B), elas já sabiam que iam se classificar, assim como nós sabíamos, o Japão sabia. Não passou pelo perrengue que nós passamos de ter de ganhar de uma China, de uma Sérvia e esperar que os EUA ganhassem da Turquia. Elas sabiam que estavam classificadas. Podiam passar em segundo, terceiro, quarto. Não importa. A China começou mal, mas é extremamente perigosa. Não é que eu me sinta confortável de jogar com a China porque eu sei o que vem pela frente. Esse time foi vice-campeão mundial. E, para mim, interessa a hora que entra lá dentro. Vamos jogar, deixar acontecer. A pressão, ela vai jogar para o nosso lado, porque estamos em casa. Faz parte do jogo. Perdemos de 3 a 0 para a China no Grand Prix. Não é nem que nós perdemos. Tomamos um couro. Não vimos a bola. Aquele jogo, para mim, é importante.

Capitã da seleção, Fabiana não espera vida fácil. A jogadora acredita que, apesar das atuações irregulares até aqui, a China tem chance de fazer frente à seleção.

- Com Brasil todo mundo resolve jogar. Sabemos que é uma grande equipe, meninas novas, sem responsabilidade. Temos de esperar um jogo bem difícil.

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Tópicos: brasil, jogo, china