Análise: Atlético-MG decepciona em grupo fácil da Sula e vai aos playoffs sob vaias da torcida

30/05/2025 11h15


Fonte ge

Ao sortear os grupos da Sul-Americana, todos apontavam o Atlético-MG como favorito contra Cienciano-PER, Caracas-VEN e Iquique-CHI. Ficou só no discurso. Na quinta-feira, o clube ficou no empate com o time peruano na Arena MRV, e não conseguiu a liderança do Grupo H. Vai aos playoffs do torneio de forma melancólica, sob vaias da torcida e gritos de “time sem vergonha”.

Antes de entrar em campo, o Atlético sabia o que precisava para garantir uma vaga direta nas oitavas de final: uma vitória simples diante do líder Cienciano.

Com essa pressão, Cuca manteve a base do jogo diante do Corinthians e optou por escalar Igor Gomes na vaga de Bernard no meio-campo.
Imagem: Alessandra Torres/AGIFJogadores do Atlético-MG se reúnem antes da partida contra o Cienciano.(Imagem:Alessandra Torres/AGIF)Jogadores do Atlético-MG se reúnem antes da partida contra o Cienciano.

Os primeiros minutos foram de controle do Galo. Posse de bola, bem organizado na defesa e sem correr riscos de contra-ataque do adversário. Um cenário seguro para construir o placar necessário.

Um velho problema apareceu: a dificuldade em fazer gols. Nessa partida, ela veio acompanhada dos erros no acabamento das jogadas. Uma certa afobação misturada com problemas técnicos de alguns jogadores.

Mesmo assim, o Alvinegro chegou a abrir o placar aos nove minutos. Em belo passe de Hulk, Rony finalizou firme cruzado para estufar as redes. Contudo, o VAR analisou o lance e marcou impedimento.

O mesmo roteiro se repetiu aos 31 minutos. Gol do Rony, impedimento marcado. O Galo se manteve bem posicionado no ataque, mas deixando mais espaços ao rival. A tranquilidade veio depois dos 40 minutos, quando Lyanco estufou as redes após cobrança de escanteio.

Tudo caminhava bem. Vitória, liderança. Tudo controlado. Mas, no último lance do primeiro tempo, Lyanco tentou cortar uma bola na área, de carrinho, e ela tocou na mão do defensor. Pênalti marcado. Cueva foi para a bola e não desperdiçou. Vantagem desfeita, e um resultado favorável ao time peruano.
Imagem: Fernando MorenoCueva, do Cienciano, comemora gol diante do Atlético-MG, na Arena MRV.(Imagem:Fernando Moreno)Cueva, do Cienciano, comemora gol diante do Atlético-MG, na Arena MRV.

Assim que a bola rolou para o segundo tempo, o Atlético parecia ter ficado no vestiário. O controle do jogo, a segurança defensiva, não fazia mais parte da postura do time. Melhor para o Cienciano, que entrou no jogo e começou a aproveitar os espaços.

Cuca tentou mudar isso aos 17 minutos, com duas trocas: Menino e Júnior Santos entraram no jogo. Mas, a partir dali, quem ganhou oportunidade não aproveitou. Piorou e bagunçou a equipe. E tudo virou incontrolável e sem qualquer critério para decidir as jogadas, trabalhar a posse.

O Atlético viveu um dos seus piores 45 minutos na temporada. Não conseguiu fazer o segundo e viu, um grupo fácil, se transformar em um playoff para chegar às oitavas da Sul-Americana.

De favorito, o clube deixa interrogações para o ano. No elenco, nas contratações e no trabalho da comissão técnica, que tem sido abaixo do esperado, mesmo desfalcado. A rota para corrigir é curta, e as dúvidas assombram o 2025 atleticano.

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Tópicos: jogo, minutos, bola