Piauiense é aprovado em 1º lugar no curso de medicina na USP pelo Sisu

25/02/2022 12h45


Fonte G1 PI

Imagem: Arquivo PessoalClique para ampliarDavi Guimarães, jovem aprovado em 1º lugar no curso de medicina da USP.(Imagem:Arquivo Pessoal)Davi Guimarães, jovem aprovado em 1º lugar no curso de medicina da USP.

O jovem Davi Guimarães, de 21 anos, foi aprovado em primeiro lugar no curso de medicina na Universidade de São Paulo (USP), através do Sistema de Seleção Unificada (Sisu). O rapaz irá estudar no campus da instituição em Bauru, cidade no interior do estado paulista.

Ele é o segundo piauiense a conquistar a primeira colocação no curso de medicina na USP neste ano, uma das universidades mais concorridas do país. O primeiro foi o estudante Lucas Martins, que foi aprovado através do vestibular da própria universidade, a Fuvest.

Ao g1, Davi falou sobre a sua rotina de estudos, as mudanças de estratégias para atingir um bom resultado no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), o apoio da família e o seu sonho de infância de ser médico.

Desde pequeno eu queria ser médico

Davi sempre foi um rapaz determinado. Ele relatou que decidiu ser médico aos 7 anos e o grande incentivador desse sonho foi o seu avô.

“Eu sempre fui muito decidido nas minhas escolhas. Eu falei que quando crescer, eu ia ser médico. O meu avô foi o meu grande incentivador, ele sempre fez questão de manter esse sonho comigo, da minha infância até atualmente. Então, desde pequeno o meu foco era medicina”, afirmou o jovem.

Rotina de estudos e mudança de estratégia

O estudante terminou o terceiro ano do ensino médio em 2018 e não conquistou a aprovação no curso que almejava. Então, ele se matriculou em um cursinho de pré-vestibular, onde permaneceu por três anos.

“No meu terceiro ano, eu foquei na teoria. Eu fazia poucas questões e meus estudos não eram regulares. Como não deu certo, eu fui para o pré-vestibular. No meu primeiro ano de pré, eu comecei a ter uma rotina de estudos regular. No meu primeiro e segundo de pré, eu continuei focando na teoria, fazendo poucas questões. Eu vi que essa estratégia não dava certo para mim e, no meu terceiro ano de pré, eu mudei de estratégia”,
comentou Davi.

O jovem, então, passou a focar na resolução de questões e não mais na teoria. Ele percebeu que essa era a melhor forma de estudar.

“No primeiro semestre, eu estudava seis horas por dia, com direito a intervalo e uma atividade de lazer no final. Só 25% do tempo eu focava na teoria e o resto nas questões. Eu focava nos erros. Se eu errasse uma questão, eu ia entender o que eu errei. Em julho, eu fazia cinco simulados toda semana pela manhã, e pela tarde eu corrigia, vendo os erros e estudando os assuntos das questões que eu havia errado. No segundo semestre, eu ia 7h para o pré e voltava para casa às 19h. Eu estudava por lá, utilizando o mesmo método”,
explicou.

Lazer também foi importante

O rapaz estudava de segunda a sábado e reservava os domingos para o descanso. Além disso, Davi possuía um hobby que o ajudava a relaxar.

“Eu fazia muay-thai e foi uma das coisas mais importantes nesse processo. Às vezes, o aluno foca muito e esquece de tirar um momento para si, para acalmar a mente, que é a nossa principal inimiga na hora da prova”,
comentou.

USP nunca foi uma opção

Davi revelou ao g1 que nunca pensou em fazer medicina na USP. A ideia surgiu no final do ano passado, quando ele tomou conhecimento da sua pontuação e percebeu que teria chances de ingressar em uma das melhores universidades do país.

“Uma semana antes do Enem, eu estava desacreditado que eu ia passar. Eu pensei que iria fazer outro ano de pré-vestibular. Mesmo assim eu continuei e segui em frente. Eu vi a minha pontuação no final de dezembro e comecei a pensar em colocar para as melhores universidades do país”, afirmou.

Anteriormente, Davi possuía o desejo estudar no Piauí. “Quando eu entrei no pré-vestibular, eu queria passar para medicina em qualquer universidade pública, não importa o lugar, mas o meu foco era aqui. Eu tinha o sonho que ia dar certo, mas eu não pensei que ia dar tão certo, que eu ia ser aprovado na melhor universidade do país. Eu nunca almejei São Paulo, eu nunca almejei tão alto assim”, disse o estudante.

Futuro

Davi vai morar sozinho em Bauru. Segundo ele, o seu objetivo é terminar o curso em São Paulo e fazer residência por lá mesmo. Posteriormente, o rapaz pretende voltar para o seu estado de origem.

“Eu tenho pré-disposição a ir para a área de cardiologia. Eu penso terminar o curso e fazer a residência por lá mesmo. Em um futuro estável, eu penso em voltar para o Piauí”
, afirmou.

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Tópicos: vestibular, medicina, curso