Multinacional e universidade da região de Piracicaba criam máscaras com impressoras 3D

01/04/2020 09h48


Fonte G1

Imagem: DivulgaçãoClique para ampliarMáscaras em 3D(Imagem:Divulgação)
Uma universidade e uma multinacional da região estão produzindo máscaras com impressoras 3D para auxílio no combate à pandemia do novo coronavírus (Covid-19).

Em Capivari (SP), o câmpus do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo (IFSP), 200 máscaras estão sendo criada e devem ser doadas até sábado e domingo.

Para a produção, além de uma impressora 3D, está sendo utilizada uma máquina de corte a laser, ambas pertencentes ao Espaço Maker do câmpus. A ideia de confeccionar os protetores faciais surgiu dos professores Gustavo Rezende, Alexandre Aguado e Mauro Amorim, que, após pesquisas, chegaram às faceshields, um tipo de máscara que oferece maior proteção ao usuário.

O processo de produção consiste basicamente em imprimir o suporte para a cabeça na impressora 3D e cortar o material plástico que fica na frente do equipamento.

No momento, as máscaras estão sendo testadas e validadas por engenheiros clínicos e de segurança do trabalho, para que em breve estejam aptas a serem utilizadas por médicos, enfermeiros, auxiliares de enfermagem e demais profissionais que atuem diretamente no combate ao Coronavírus.

Campanha nas redes sociais
Ao pesquisarem sobre as faceshields, os docentes envolvidos no projeto se depararam com um problema: a falta de alguns materiais para a produção das máscaras. A questão foi resolvida com uma campanha nas redes sociais pedindo a doação desses materiais.

O professor Gustavo Rezende, coordenador de pesquisa e inovação do câmpus e responsável pela divulgação da iniciativa, conta que a campanha teve bom retorno e mobilizou o empresariado de Capivari, que se disponibilizou a doar os materiais necessários (filamento para impressora 3D, acetato ou PETg para a parte da frente da máscara, saquinhos para embalar, água sanitária e álcool em gel 70 para a esterilização das máscaras).

Gustavo explica que, conforme o projeto foi ganhando corpo, outros profissionais e servidores se juntaram na empreitada, cada um com sua expertise: estão colaborando Gustavo Bapstitella, Adriana Morais, Alexandre Azevedo, Roberto Muterle , Gislaine Vieira e Flávio Ferraresi.

Segundo ele, mais pessoas se disponibilizaram a ajudar, mas não foi possível envolver todo mundo, já que o trabalho está sendo realizado em regime de escala, adequando-se às indicações dos órgãos de saúde.

Um gargalo apontado pelo professor é o fato de a impressora 3D ser lenta, conseguindo produzir apenas duas máscaras a cada quatro horas, o que impede que a produção ganhe escala. Nesse aspecto, ele reforça que se outros câmpus que possuem impressoras a colocarem à disposição, o IFSP conseguirá produzir muito mais equipamentos de proteção individual.

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