IBGE: adolescentes de escolas privadas sofrem mais bullying que os das públicas em Teresina

14/07/2022 08h35


Fonte G1 PI

Imagem: Jesús Rodríguez / UnsplashJovem, adolescente, mochila, escola, aluno, estudante, bullying (imagem ilustrativa).(Imagem:Jesús Rodríguez / Unsplash)Jovem, adolescente, mochila, escola, aluno, estudante, bullying (imagem ilustrativa).

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta quarta-feira(13) dados da Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE) realizada entre adolescentes de 13 e 15 anos em 2019. 42,9% dos estudantes dessa faixa etária afirmaram terem sofrido bullying em Teresina.

O questionário foi respondido de forma individual, diretamente no Dispositivo Móvel de Coleta (DMC), pelos próprios adolescentes em escolas públicas e privadas.

A pesquisa mostrou ainda que ao longo do tempo, as mulheres passaram a afirmar já terem sofrido bullying em maior proporção que os homens. Enquanto 31,9% deles e 28,7% delas responderam positivamente ao questionamento em 2009, o cenário mudou em 2019: 41,1% dos homens e 44,9% das mulheres.

Outra constatação do levantamento é que estudantes de escolas privadas se referiram já terem sofrido bullying em maior proporção do que aqueles matriculados em escolas públicas. Em 2009, responderam positivamente à pergunta 28,9% dos estudantes de escolas públicas e 32,8% daqueles de escolas particulares. Em 2019, chegou a 42,5% nas unidades escolares mantidas pelo poder público e a 43,8% nas unidades privadas.

Cresce consumo de álcool
Imagem: Giovanna Gomes / Unsplash / DivulgaçãoConsumo de álcool (Imagem:Giovanna Gomes / Unsplash / Divulgação)Consumo de álcool

Em relação ao álcool, cinco em cada 10 estudantes de 13 a 15 anos já relataram ter tomado bebida alcoólica alguma vez na vida. O percentual é de 55,7% uma proporção bem maior que em 2015 que era dez pontos percentuais a menos.

A taxa caiu de 46,8% em 2012 para 45,7% em 2015 e subiu para 55,7% em 2019. A pesquisa indagou se, pelo menos, uma vez na vida os estudantes tomaram no mínimo um copo ou uma dose de bebida alcoólica.

Apesar do aumento, o índice de Teresina é menor do que a média de todas as capitais brasileiras, que foi de 63,2% em 2019. A capital com maior proporção foi Porto Alegre (RS), onde 74,9% dos estudantes adolescentes já haviam provado bebida alcoólica em 2019. O menor percentual foi encontrado em Macapá (AP), cerca de 51,9%. Teresina possui o sétimo menor índice do país.

Conforme o levantamento, aproximadamente 36,4% dos estudantes teresinenses experimentaram álcool pela primeira vez com 13 anos de idade ou menos. Neste quesito, o índice também é inferior à média das capitais, que foi de 43,3% em 2019.

No entanto, ao longo de um decênio, houve redução na taxa de estudantes teresinenses que beberam álcool pela primeira vez com 13 anos de idade ou menos. Em 2009, a proporção era de 46,6%. A queda foi de 21,8% no período.

Mais dados da pesquisa

O levantamento perguntou aos adolescentes se já conduziram veículo motorizado, nos últimos 30 dias anteriores ao preenchimento do questionário e 37,7% disseram que sim. Em 2009, cerca de 23,1% dos estudantes adolescentes de Teresina afirmaram terem conduzido veículo motorizado nos últimos 30 dias. O crescimento foi de 63,2% na comparação com o índice verificado em 2019, que foi de 37,7%.

Quase metade (47,8%) dos estudantes adolescentes do sexo masculino conduziram veículo motorizado em Teresina. Já entre as estudantes do sexo feminino, mais de um quarto (26,8%) fizeram o mesmo.

Sobre relação sexual, em dez anos, caiu a proporção de estudantes teresinenses de 13 a 15 anos de idade que já tiveram alguma atividade sexual. Enquanto um quarto deles (25,1%) já haviam iniciado a vida sexual em 2009, o índice reduziu para 20,1% em 2019.

Em contrapartida, a pesquisa mostra que também caiu a proporção daqueles que usaram preservativo na atividade sexual mais recente. Em 2009, cerca de 67,1% dos estudantes afirmaram que um dos parceiros usou camisinha na última relação sexual, índice que diminuiu para 61,9% em 2019. Além de prevenir gravidez indesejada, o uso de preservativo evita a transmissão de Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs).

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