Fechamento das escolas durante pandemia pode trazer perda de US$ 17 trilhões para geração de criança

10/12/2021 11h56


Fonte G1

 Imagem: Reprodução
O estudo avaliou que a interrupção das aulas presenciais e a falta de políticas públicas para garantir qualidade no ensino remoto levaram a grandes perdas de aprendizagem e a um ma(Imagem:Reprodução)
O fechamento prolongado das escolas durante a pandemia de Covid-19, em 2020 e 2021, pode fazer com que crianças e jovens do mundo inteiro deixem de ganhar US$ 17 trilhões (o equivalente a cerca de R$ 94 trilhões) ao longo da vida.

Essa é uma das conclusões do relatório "Estado da Crise Global de Educação: Um Caminho para a Recuperação", publicado nesta semana pelo Banco Mundial, pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) e pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef).

O estudo avaliou que a interrupção das aulas presenciais e a falta de políticas públicas para garantir qualidade no ensino remoto levaram a grandes perdas de aprendizagem e a um maior risco de abandono escolar -- 24 milhões de alunos, da pré-escola ao ensino médio, podem não retomar os estudos depois da pandemia.

Esses fatores, aliados à crise econômica e à perda de familiares, distanciam os jovens de uma boa formação e, consequentemente, de oportunidades de trabalho qualificado no futuro.

“A perda no aprendizado que muitas crianças estão vivendo é moralmente inaceitável", afirma Jaime Saavedra, diretor global para a educação do Banco Mundial.

"O aumento potencial da pobreza educacional pode ter um impacto devastador na produtividade, nos ganhos e no bem-estar futuros para essa geração."
O texto cita o exemplo do estado de São Paulo, com base no desempenho dos alunos no Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica (Saeb): em média, eles aprenderam apenas 28 por cento do que teriam aprendido em aulas presenciais, e o risco de abandono escolar mais do que triplicou durante a pandemia.


Veja mais notícias sobre Educação, clique em florianonews.com/educacao

Tópicos: jovens, escolas, pandemia