Após 3 semanas de reabertura, número de escolas fechadas por Covid-19 avança na França

19/09/2020 11h16


Fonte G1

Imagem: ReproduçãoApós 3 semanas de reabertura, número de escolas fechadas por Covid-19 avança na França(Imagem:Reprodução)
Desde o início do ano letivo na França, em 1° de setembro, mais de 2,1 mil salas de aulas e cerca de 80 escolas foram fechadas devido ao surgimento de novos casos de covid-19 entre alunos.

O governo francês pondera que esse número representa apenas 0,13% dos cerca de 60 mil estabelecimentos escolares do país, mas os casos de fechamento de escolas continuam aumentando diariamente, acompanhando a retomada das contaminações pelo novo coronavírus no país.

A pandemia "está novamente muito ativa na França", ressaltou na quinta-feira (17) o ministro da Saúde, Olivier Véran.

No intervalo de uma semana, foram contabilizados 1,2 mil diagnósticos entre alunos, disse na quarta-feira (16) o ministro francês da Educação, Jean-Michel Blanquer.

O número de novas infecções na França começou a aumentar de maneira significativa nas últimas semanas, após o final das férias de verão.

Nesta sexta-feira (18), foram confirmados 13,2 mil casos no país nas últimas 24 horas, segundo o ministério da Saúde. É o maior número desde o fim do confinamento, em meados de maio. O total de mortes, 123 nas últimas 24 horas, também é o maior desde o término do lockdown.

Ao mesmo tempo, a França também aumentou consideravelmente o número de testes para detectar o novo coronavírus: 1,2 milhão nesta semana, contra 300 mil testes semanais em julho.

Como no Brasil atualmente, também houve na França grandes discussões sobre a reabertura ou não das escolas no atual contexto de pandemia.

Os alunos franceses do ensino fundamental já haviam retomado progressivamente as aulas presenciais desde de meados de maio, após dois meses de um rigoroso confinamento, para concluir o ano letivo encerrado em julho.

No Brasil, o presidente Jair Bolsonaro reiterou recentemente suas críticas ao fechamento das escolas. "Somos o país com o maior número de dias de lockdown nas escolas. Isso é um absurdo", disse no evento que efetivou o general Eduardo Pazuello como ministro da Saúde na quarta-feira.

Em sua última live semanal na quinta, o presidente brasileiro culpou os sindicatos de professores, que integrariam, segundo ele, a esquerda radical. Para Bolsonaro, eles prefeririam ficar em casa sem trabalhar, colaborando para que os alunos não voltem a se instruir.


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