Quem é Petra Costa, cineasta brasileira indicada ao Oscar

05/02/2020 11h37


Fonte Revista Galileu

Imagem: Wikimedia CommonsClique para ampliarQuem é Petra Costa, cineasta brasileira indicada ao Oscar por
A mineira Ana Petra Costa pode ser a primeira cineasta latino-americana a receber um Oscar. Diretora de Democracia em Vertigem, no qual acompanha a crise político-econômica no Brasil e o processo de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, Costa concorre ao prêmio de melhor documentário. A cerimônia de premiação ocorre no domingo (9), em Los Angeles. Conheça a trajetória da cineasta:


Avô empreiteiro e pais ativistas

Costa é neta de Gabriel Donato de Andrade, um dos fundadores da Andrade Gutierrez, uma das maiores construtoras do Brasil. Seus pais, por sua vez, são o político Manoel Costa Júnior e da socióloga Marília Andrade. Ambos foram militantes de esquerda durante a ditadura militar e o nome de Petra é uma homenagem a Pedro Pomar, fundador do Partido Comunista do Brasil assassinado durante um ataque à casa onde o comitê do partido estava reunido. O histórico político da família não só é mencionado no documentário, como foi fundamental para o seu desenvolvimento e faz parte do enredo.

Anos de estudo

Nascida em Belo Horizonte em 1983, Costa se mudou para São Paulo quando ainda era um bebê. Aos 14 anos, começou a estudar teatro e, aos 17, entrou para o curso de artes cênicas na Universidade de São Paulo (USP). Ficou no curso por dois anos, trocando-o por antropologia na Universidade Columbia, em Nova York. Em seguida, ingressou em um mestrado em Comunidade e Desenvolvimento na Escola de Economia de Londres.

Carreira

De volta ao Brasil em 2007, aos 24 anos, passou a se dedicar ao cinema. Em 2009, produziu e dirigiu o curta-metragem Olhos de Ressaca, sobre amor e envelhecimento, contado sob a perspectiva de seus avós. Seu primeiro longa foi Elena, de 2012, sobre a viagem de sua irmã mais velha a Nova York. Elena, 13 anos mais velha que Petra, suicidou-se quando Petra tinha sete anos. O filme foi aclamado pela crítica, recebeu dezenas de prêmios e foi o documentário mais assistido no Brasil em 2013. Em 2015, lançou Olmo e A Gaivota, uma investigação de uma vida real em estrutura ficcional feita em parceria com a dinamarquesa Lea Glob.

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