Pintura artÃstica em ovos segue viva como tradição húngara na Páscoa
02/04/2021 17h33Fonte G1
Imagem: ATTILA KISBENEDEK / AFP Pintura artística em ovos segue viva como tradição húngara na Páscoa
Pintura artística em ovos segue viva como tradição húngara na Páscoa
 Pintura artística em ovos segue viva como tradição húngara na Páscoa
Pintura artística em ovos segue viva como tradição húngara na PáscoaCom gravuras tão delicadas como rendas e pinturas em cera, a artista húngara Tunde Csuhaj mantém a tradição ancestral de decorar ovos de Páscoa.
Como a Ucrânia e a Romênia, a Hungria tem uma longa tradição neste campo e Csuhaj, de 67 anos, trabalha nessa arte o ano todo, em uma oficina em Szekszard, 150 quilômetros ao sul de Budapeste.
"Depois de 30 anos de amor, agora nos conhecemos muito bem, o ovo e eu", brinca a enérgica artista, mostrando à AFP seu ateliê.
"Se eu cometer um erro e o ovo quebrar, será tão doloroso para mim quanto para ele", diz, meio séria.
Esta húngara começou pintando de acordo com a tradição "Sarkoz", nascida numa região vizinha, mas rapidamente desenvolveu o seu próprio estilo gravando e esculpindo as cascas com uma mini furadeira manual.
Faisão, galinha, ema e até avestruz... qualquer ave pequena ou grande fornece sua delicada matéria-prima.
Mas os ovos de ganso, segundo ela, continuam "os mais adequados, porque têm uma grande superfície, uma casca sólida e são brancos, o que é importante para colorir e desenhar detalhes em miniatura".
Depois de esvaziar o ovo de seu conteúdo através de minúsculos orifícios feitos com um alfinete, ela o limpa e seca, antes de fazer desenhos a lápis fino.
Em seguida, usando uma pequena caneta-tinteiro, ela o pinta delicadamente com cera quente, um método chamado "batik".
A casca é imersa em uma solução química que dissolve as partes não cobertas com cera.
A cera é então removida com uma escova de dente, sob uma torneira de água morna, deixando apenas o corante. Para criar o efeito de renda, os furos são feitos no último momento.
No ateliê modesto, as obras são expostas como joias em vitrines giratórias e apresentam cenas de contos de fadas e lendas, animais, símbolos religiosos e figuras geométricas complexas.
"Todos os meus designs são diferentes", orgulha-se Tunde Csuhaj, que nutre um carinho especial por aqueles que evocam "o retorno da primavera".
Não é de surpreender que esse nível de detalhe leve dias de esforço e seja impossível concluir mais de cem produções por ano.
Desde a década de 1990, a artista participa regularmente de exposições na Europa Ocidental e suas obras são populares entre os colecionadores, que apreciam seu estilo único.
"Eu não as assino, e mesmo assim todo mundo sabe quem as fez", declara com orgulho.
Embora ela não tenha podido viajar este ano devido às restrições impostas pela pandemia de Covid-19, os pedidos de clientes a mantêm ocupada.
"Um bombeiro recentemente me pediu para pintar seu caminhão, eu faço o que deixa as pessoas felizes", conclui ela com um sorriso.
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