PI tem segundo menor salário no setor cultural e menor proporção de empresas culturais, diz IBGE

12/12/2025 16h50


Fonte G1 PI

Imagem: Leandro SoaresShow marcou a abertura da programação no centro de Teresina.(Imagem:Leandro Soares)Show marcou a abertura da programação no centro de Teresina.

O Piauí registrou, em 2022, o segundo menor salário médio no setor cultural e a menor proporção de empresas culturais do país. Os dados, do Sistema de Informações e Indicadores Culturais (SIIC) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), foram divulgados nesta sexta-feira (12).

O rendimento médio mensal dos trabalhadores assalariados no estado foi de R$ 1.871, valor superado apenas pelo do Amapá, de R$ 1.665. A média nacional ficou em R$ 4.624, duas vezes e meia acima da piauiense.

No mesmo ano, os maiores salários do setor cultural foram registrados em São Paulo (R$ 6.356), Rio de Janeiro (R$ 5.345) e Distrito Federal (R$ 5.119).

Com relação à proporção de empresas culturais, o Piauí registrou 5.178 unidades locais de empresas do setor cultural em 2022, entre matrizes e filiais. Elas representavam 4,9% de todas as unidades empresariais do estado, a menor proporção entre todos os estados brasileiros.

No país, havia 695,2 mil unidades locais, que correspondiam a 6,6% do total de empresas de todas as atividades econômicas. O maior índice foi o do Distrito Federal (9%), seguido do Rio de Janeiro (8,7%) e de São Paulo (7,1%). Além do Piauí, o Pará (4,9%) e o Acre (5,1%) registraram os menores percentuais.

Piauí tem 2,7% dos assalariados atuando no setor cultural

O estado tinha, em 2022, 12.751 pessoas assalariadas trabalhando em atividades culturais, o que representava 2,7% do total de assalariados do Piauí. Foi o segundo maior percentual do Nordeste, atrás apenas do Ceará, com 3,2%.

No Brasil, o setor cultural empregava 1,74 milhão de assalariados, equivalente a 3,5% do total. Os maiores índices estavam no Amazonas (6,1%), São Paulo (4,6%) e Distrito Federal (3,9%).

Os menores foram observados no Acre (1,4%), Tocantins (1,5%) e Alagoas (1,7%). No ranking nacional, o Piauí ocupou a 10ª posição.

Maioria dos trabalhadores é informal, mulher, parda e com ensino médio

Em 2024, cerca de 49 mil pessoas estavam ocupadas no setor cultural piauiense. Desse total, 59,7% trabalhavam na informalidade, o sétimo maior índice do país. A média nacional foi de 44,6%.

Os maiores percentuais de informalidade foram registrados em Roraima (76,9%) e Pará (74,1%); os menores, no Rio Grande do Sul (32,6%) e em Santa Catarina (30%).

A maior parte dos trabalhadores do setor no Piauí era do sexo feminino, com 51,7% de participação. Em relação à cor ou raça, 55,5% eram pardos, 32,2% brancos e 12,3% pretos.

O nível de escolaridade também se destacou: 50,1% tinham ensino médio completo ou superior incompleto; 22,8% tinham ensino superior completo; 14,6% tinham ensino fundamental completo ou médio incompleto; e 12,5% não tinham instrução ou tinham apenas o fundamental incompleto.

Quanto à faixa etária, 54% tinham entre 30 e 49 anos; 28% tinham entre 14 e 29 anos; e 18% tinham 50 anos ou mais.

Apenas 9% dos formados em áreas da cultura atuam no setor

O Piauí tinha, em 2022, 39.153 pessoas com ensino superior em áreas relacionadas à cultura. No entanto, apenas 3.451 delas trabalhavam no setor, o equivalente a 8,8%, quinto menor índice do país.

No Brasil, essa proporção foi de 18,6%. Os maiores percentuais foram registrados em Santa Catarina (23,9%), São Paulo (23,5%) e Rio de Janeiro (20,8%). Os menores ficaram com Roraima (6,6%), Amapá (6,9%) e Maranhão (7%).

Por outro lado, o estado tinha 9.847 trabalhadores com ensino superior ocupados no setor cultural, mas 65% deles não eram formados em áreas ligadas à cultura. Foi o oitavo maior percentual do país. A média nacional ficou em 61,3%.

Os maiores índices foram observados em Roraima (73,6%), Tocantins (71,2%) e Maranhão (66,9%); os menores, em Sergipe (53,9%), Rio de Janeiro (54,3%) e Paraíba (55,4%).

Tópicos: estado, cultura, empresas