Ludmilla entra com naturalidade no pagode em EP que transita entre a festa e a sofrência

24/04/2020 11h31


Fonte G1

Imagem: ReproduçãoDisco Numanice(Imagem:Reprodução)
Como Ludmilla prometeu, a cantora lança disco de pagode nesta sexta-feira, 24 de abril, dia do 25º aniversário dessa cantora e compositora fluminense de funk pop. 

Promovido com sincronizada live programada pela artista para as 18h de hoje, Numanice é EP com seis músicas – quatro inéditas autorais e duas regravações nada óbvias de composições alheias – em que Ludmilla entra com naturalidade no pagode em trânsito nada surpreendente para quem conhece a história dessa artista que, ainda criança, já soltava a voz nas rodas de samba armadas pela família.

Sim, antes de ficar (quase) tudo dominado pelo funk nas comunidades e bairros das periferias fluminenses, o pagode era a trilha preferencial do povo brasileiro.

De início, a trilha foram os discos de cantores identificados com o samba, como Beth Carvalho (1946 – 2019) e Martinho da Vila. Depois, nos anos 1980, foi o pagode da geração Cacique de Ramos liderada por Fundo de Quintal e Zeca Pagodinho.

A partir da década de 1990, entrou na roda o pagode mais genérico, de grupos que inseriram teclados na batida do samba, com Raça Negra puxando o movimento que chegou ao século XXI com verniz pop e atualmente garante a fama de cantores como Belo, Thiaguinho e os mencionados Dilsinho e Mumuzinho.

É desse pagode que descende o som feito por Ludmilla no EP Numanice, produzido por Rafael Castilhol, músico que toca teclados e percussão na banda que inclui instrumentistas habituados a tocar com pagodeiros como os mencionados Dilsinho, Ferrugem e Mumuzinho.

Mesmo miscigenado, o baticum resiste. Cada faixa do EP Numanice agrega seis ou sete percussionistas na ficha técnica. Basta ouvir o inédito pagode Cheiro bom do seu cabelo (Ludmilla) – declaração de amor da artista à mulher, Brunna Gonçalves – para detectar a base instrumental típica dos discos do gênero.


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Tópicos: musicas, live, ludmila