Gal Costa vive nos palcos e ruas em tributos prestados à cantora em shows e blocos de Carnaval

07/02/2023 14h54


Fonte G1

Imagem: DivulgaçãoGal Costa vive nos palcos e ruas em tributos prestados à cantora em shows e blocos de Carnaval(Imagem:Divulgação)Gal Costa vive nos palcos e ruas em tributos prestados à cantora em shows e blocos de Carnaval

Gal Costa vive! Tão batida quando se trata de artistas de relevância transcendental, a frase-clichê se revela real em 2023, o primeiro ano sem a presença física de Maria da Graça Costa Penna Burgos (26 de setembro 1945 – 9 de setembro de 2022). Tributos em shows e blocos farão reverberar nos palcos e nas ruas, a partir desta semana, a voz cristalina que iluminou os caminhos da MPB.

Às 19h30m de hoje, 7 de fevereiro, sete cantoras de influências, gerações, origens e matizes distintos – Simone Mazzer, Natascha Falcão, Maíra Freitas, Katia Jorgensen, Janamô, Maíra Garrido, Taís Feijão e Mattilla – se irmanarão no palco do Teatro Rival para celebrar a artista baiana no show Viva Gal.

No sábado, 11 de fevereiro, no palco do clube Manouche, Assucena apresenta pela primeira vez na cidade do Rio de Janeiro (RJ) o show Rio e também posso chorar - Um tributo a Gal Costa, idealizado em 2021 para celebrar os 50 anos do álbum Fa-Tal – Gal a todo vapor (1971) e transformado em celebração à artista com a saída de cena de Gal.

Fora dos palcos, blocos sairão às ruas em homenagem a uma voz tropical que animou tantos Carnavais com marchas e frevos, sobretudo entre 1979 e 1982.

Somente no Carnaval da cidade de São Paulo (SP) quatro blocos – Acadêmicos do Baixo Augusta, Bloco Pagu, Gal total e Tarado ni você – irão para a rua com homenagens a Gal Costa, sendo que um bloco, o Gal total, debuta no Carnaval de 2023 com a intenção de reavivar o legado da cantora a cada folia.

Quando o Carnaval já tiver passado, Tim Bernardes apresentará em maio, dentro da programação da edição paulistana do C6 Festival, um show em tributo a Gal Costa, com a autoridade de já ter posto a própria assinatura no repertório da cantora em 2019, ao protagonizar a melhor edição do programa de TV Versões, e de já ter dividido palcos e estúdios com a própria Gal Costa.

Esses são somente alguns exemplos de tributos. Já houve outros. Desde o fim de novembro, Chico Buarque insere Mil perdões (1983) no roteiro do show Que tal um samba? (2022 / 2023) para celebrar Gal, intérprete original da música do compositor.

No calor da emoção com a notícia da morte da cantora, Marcos Valle e Joyce Moreno compuseram A chuva sem Gal. Gravada pelos artistas, a canção foi lançada em single em 20 de dezembro.

Em janeiro, Caetano Veloso e Gilberto Gil cantaram juntos para louvar a amiga no Festival de Verão de Salvador.

Na cerimônia do Grammy 2023, realizada em Los Angeles (EUA) no domingo, 5 de fevereiro, o nome de Gal apareceu no telão em que foram expostos todos os artistas da música que partiram ao longo do último ano em homenagem que causou grande repercussão no Brasil.

Até porque o Brasil – ou ao menos a parte do Brasil que cultua a MPB – ainda não assimilou o impacto da morte física de Gal. E talvez nunca vá assimilar por se tratar de perda de dimensão superlativa. Mas a dor é amenizada pela certeza de que Gal ecoa eternamente na memória de quem a viu e/ouviu. Esses tributos – e haverá muitos – dão sentido à frase-clichê. Sim, Gal Costa vive!

Tópicos: cantora, palcos, tributos