Chiquinha Gonzaga: a artista que quebrou barreiras na música e na sociedade

28/02/2020 14h52


Fonte Revista Galileu

Imagem: DivulgaçãoClique para ampliarChiquinha Gonzaga(Imagem:Divulgação)

Há 85 anos, o Brasil se despedia de Francisca Edwiges Neves Gonzaga, mais conhecida como Chiquinha Gonzaga. Nascida em 17 de outubro de 1847, no Rio de Janeiro, ela foi uma compositora, pianista e regente que, com sua obra, mudou a história da música brasileira – e abriu portas para muitas mulheres.

Chiquinha compôs sua primeira música aos 11 anos de idade: "Canção dos Pastores" foi feita especialmente para a noite de Natal que a garota passou com sua família em 1858. Seus pais eram Rosa de Lima Maria, filha de uma escrava alforriada, e José Basileu Neves Gonzaga, oficial do exército.

Francisca casou-se aos 16 anos e teve três filhos com seu primeiro marido, Jacinto do Amaral – que não gostava do talento dela para a música. "Pois, senhor meu marido, eu não entendo a vida sem harmonia", disse Chiquinha ao terminar seu casamento para dedicar-se à carreira musical.

Mesmo contra os valores rígidos da época, ela passou a dar aulas de piano e fez apresentações em bailes. Foi no Carnaval de 1899 que a artista compôs "Ó abre alas", a primeira marchinha carnavalesca com letra de que se tem notícia. Ao longo de sua carreira, ela criou 2 mil canções populares.

E não parou por aí: Chiquinha Gonzaga também tornou-se a primeira mulher maestrina brasileira. Ela é autora de 77 de peças de teatro de gêneros variados. Seu maior sucesso, “Forrobodó”, chegou a ter 1500 apresentações seguidas após a estreia.

A musicista morreu em 28 de fevereiro de 1935, ao lado de seu grande amor, o português João Batista Fernandes Lage. O relacionamento foi polêmico, porque quando começaram a namorar Chiquinha tinha 52 anos e ele, 16. Mais uma vez, ela enfrentou as críticas ao decidir adotá-lo (sim, como um filho) – e viveram juntos pelo resto da vida.

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