Chico Buarque e Jair Rodrigues detalham polaridade apaixonada em noites de festival

22/10/2020 18h13


Fonte G1

 Em depoimento alocado no início do segundo episódio da série Noites de festival, exibida pelo Canal Brasil nas noites de quarta-feira e disponível para assinantes da plataforma Globoplay, Nelson Motta é enfático ao dizer que, em meados dos anos 1960, a música popular era discutida com a mesma paixão com que, nas décadas seguintes, a novela seria assunto nas conversas.

Tal paixão gerou e alimentou o embate entre A banda (Chico Buarque, 1966) e Disparada (Geraldo Vandré e Theo de Barros, 1966), músicas que terminaram empatadas no Festival de Música Popular Brasileira exibido de 27 de setembro a 10 de outubro de 1966 pela TV Record.

O embate e o empate – na realidade, um arranjo providencial sugerido por Chico Buarque para evitar a hostilidade do público que torcia por Disparada – são os assuntos do segundo dos seis episódios da série roteirizada e dirigida pelos cineastas Renato Terra e Ricardo Calil como spin-off do filme Uma noite em 67 (2010).

Os depoimentos de Chico Buarque e de Jair Rodrigues (6 de fevereiro de 1939 – 8 de maio de 2014) – cantor convidado a defender Disparada, composição de estilo até então dissociado da personalidade esfuziante de Jair – conduzem e valorizam o episódio da série de TV.

Engenheiro de som dos festivais, Zuza Homem de Mello (1933 – 2020) lembra que, na primeira vez em que A banda foi apresentada, a voz da cantora Nara Leão (1942 – 1989) foi abafada pelo som da bandinha arregimentada para a defesa da música. Zuza conta ter sido de Manoel Carlos a ideia de chamar Chico para reforçar a defesa da música, somente com a voz e o violão do artista, para somente depois Nara entrar em cena com a banda.

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