Cânion do Rio Poti e Cabeça de Cuia tornam-se Patrimônio Cultural do Piauí

29/10/2023 15h24


Fonte Portal Clube News

Imagem: Reprodução/TvClubeCânion do Rio Poti e Cabeça de Cuia(Imagem:Reprodução/TvClube)Cânion do Rio Poti e Cabeça de Cuia

O Cânion do Rio Poti e a Lenda do Cabeça de Cuia se tornaram Patrimônio Cultural Imaterial do Piauí, após o governador Rafael Fonteles sancionar os projetos de leis nº 8.188 e nº 8.18. As regulamentações foram publicadas no Diário Oficial do Estado, na última segunda-feira (23).

O geólogo, Sidiney Barros conta que tanto o Cânion como a lenda do Cabeça de Cuia são recortes da história piauiense. Com isso, além de honrar às memórias, a medida irá viabilizar investimentos na área turística do Brasil.

Conforme o especialista, o rio Poti enfrentou diversas adversidades durante sua formação e sua existência representa uma riqueza “geológica, ambiental, ecológica, de expansão e ocupação humana”.

Falar do rio Poti, não só do Cânion, é muito fácil. Porque o Rio Poti é muito especial, riquíssimo em história geológica, ambiental, ecológica, de expansão e ocupação humana. Teresina é a única capital, do Brasil, com um floresta fóssil na área urbana e representa um ambiente primitivo do nosso planeta. Então, o rio Poty desde seu surgimento enfrentou barreiras, logo quando desce da Serra dos Cariris, em Quiterianópolis, enfrenta o sistema transbrasiliano de falha, que é um sistema que atravessa o Brasil inteiro, o oceano Atlântico e vai até a África; muda-se o percurso, a sua direção e, ao invés de ir para o Norte vai para o Oeste, até chegar em Teresina. Nesse percurso, ele vai esculpindo e expondo rochas que contam a história do nosso planeta”, inicia.

Preservar essa história, não só o Cânion, e o local que a gente tem o acesso ambiental (Floresta Fóssil), mas todo trecho do Cânion, porque tem lá no início um museu a céu aberto – talvez o único em termos de extensão de rochas – que contam a história da ocupação por picoteamento, são os verdadeiros painéis enormes disso. Depois você tem a própria história, você tem a ocupação, você tem aqui em Teresina a Floresta Fóssil, você tem ideia de como era o nosso ambiente primitivo, ainda muito primitivo, nós nem estávamos aqui ainda. E depois um trecho único e interessante, que é o Cânion do Poti, que foi transformado, incialmente, em Parque Ambiental”, conta.

Ao relembrar a sua vida acadêmica, Barros recordou ainda como a lenda do Cabeça de Cuia fez parte da sua formação social.

Quando eu estudava no Liceu, ainda no ensino científico, a gente participava daquelas apresentações do aniversário do colégio e o Cabeça de Cuia foi uma das que a gente apresentava naquela época. E preservar também isso, de uma história trágica, mas também interessante e bonita, que reflete também um pouco da vida do nosso povo. Incialmente, na ocupação de Teresina, preservar isso é muito importante”, relata.

Para Sidiney, esses patrimônios devem ser explorados e mostrados ao “mundo”, por isso, é necessário que os poderes governamentais elaborem “políticas públicas” que desenvolvam as suas conservação.

A nossa geologia é riquíssima, a nossa ecologia é riquíssima e a gente precisa mostrar isso ao mundo, para a população não só nossa, mas do Brasil e do mundo todo conhecer. É muito importante políticas públicas de preservação, chamar atenção dos nossos chefes, dos nossos organizadores, dos nossos políticos para essas políticas públicas para preservar um local único, que a gente tem no nosso Piauí e no nosso Brasil”, diz.

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