Ao festejar Alcione na 30ª edição, Prêmio da Música Brasileira reforça a presença feminina na celebr
27/10/2022 14h27Fonte G1
Imagem: Divulgação Alcione ganha homenagem do Prêmio da Música Brasileira em cerimônia prevista para abril de 2023 na cidade do Rio de Janeiro
Alcione ganha homenagem do Prêmio da Música Brasileira em cerimônia prevista para abril de 2023 na cidade do Rio de Janeiro
 Alcione ganha homenagem do Prêmio da Música Brasileira em cerimônia prevista para abril de 2023 na cidade do Rio de Janeiro
Alcione ganha homenagem do Prêmio da Música Brasileira em cerimônia prevista para abril de 2023 na cidade do Rio de JaneiroA celebração da obra de Alcione na 30ª edição do Prêmio da Música Brasileira – prevista para acontecer em abril de 2023, na cidade do Rio de Janeiro (RJ) – é importante sob o prisma musical e também adquire relevância dentro do campo social.
Do ponto de vista musical, a escolha se justifica plenamente pelo fato de a cantora maranhense ser uma das maiores vozes do Brasil e de estar festejando 50 anos de carreira fonográfica em 2022 com comemorações que serão coroadas justamente com a homenagem recebida na premiação criada pelo empresário José Maurício Machline em 1987.
Em âmbito social, a escolha de Alcione tem peso porque reforça a presença feminina na história do Prêmio da Música Brasileira, diminuindo a diferença entre homenagens a homens e mulheres.
Já contando com a edição que irá celebrar Alcione, cantoras e/ou compositoras foram homenageadas em 10 das 30 edições do PMB. Já os homens foram celebrados em 19 das 30 edições, sendo que uma edição, a de 2014, homenageou o samba, gênero musical ao qual Alcione é associada.
Ou seja, ainda falta muito para que haja real equiparação entre homens e mulheres nas homenagens do Prêmio da Música Brasileira e para que também haja visibilidade entre mulheres trans, presentes com mais força no universo pop nacional nos últimos cinco anos após décadas de invisibilidade social e musical.
E cabe ressaltar que, das 10 mulheres homenageadas na história da premiação, somente três – Maysa (1936 – 1977), Dona Ivone Lara (1922 – 2018) e Rita Lee – são reconhecidas e percebidas como compositoras, sendo que as demais são identificadas primordialmente como cantoras, ainda que algumas dessas cantoras (como Gal Costa, Maria Bethânia e a própria Alcione) tenham feito músicas eventuais ao longo das carreiras.
Em bom português: é preciso homenagear compositoras nas futuras edições! Adriana Calcanhotto, Joyce Moreno, Marina Lima e Vanessa da Mata – para citar somente quatro exemplos de cantoras que são também essencialmente compositoras – construíram obras de assinaturas fundamentais na música brasileira e não costumam ser lembradas em premiações por esse viés autoral.
Como o Prêmio da Música Brasileira tem se mostrado atento às mudanças do mundo e do mercado musical (como sinalizaram as já anunciadas mudanças de nomenclaturas de algumas categorias), cabe atentar também para a valorização da mulher como compositora e instrumentista, e não somente como cantora.
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