Adriana Calcanhotto corre o mundo, ao refinar emoções do isolamento no álbum ´Só´

29/05/2020 12h55


Fonte G1

Imagem: ReproduçãoAdriana Calcanhotto(Imagem:Reprodução)Adriana Calcanhotto
 De um “disco emergencial”, como Adriana Calcanhotto caracterizou em live o álbum autoral Só, posto no mundo nesta sexta-feira, 29 de maio, espera-se sobretudo a conexão com o tempo em que foi criado e produzido.

Primeiro álbum em que a cantora e compositora gaúcha assina sem parceiros um repertório inteiramente inédito, Só cumpre esse objetivo com brilho ao encadear nove músicas feitas pela artista durante o processo de isolamento social para a contenção da pandemia do coronavírus.

A força do disco reside na aglomeração de canções que refletem sentimentos gerados em momento singular da história de humanidade. Se essas nove canções forem ouvidas isoladamente, uma ou outra música pode até sucumbir no confronto com o cancioneiro produzido pela compositora na áurea década de 1990 – bem poucas, uma ou duas, para se fazer justiça à compulsiva criadora. Mas isso nada importa no contexto em que o disco se apresenta a um mundo ainda aturdido com a necessidade de ficar em casa sem interação social.

É no conjunto da obra que Só se solidifica como álbum, tornando reconhecível a assinatura intransferível de Adriana Calcanhotto, delineada ao longo dos últimos 30 anos, sobretudo a partir do segundo álbum da artista, Senhas (1992), disco no qual a cantora tomou as rédeas da carreira fonográfica e corrigiu os erros do equivocado álbum de estreia Enguiço (1990).


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Tópicos: adriana, disco, álbum