Criação de empregos formais soma 252 mil em maio, diz ministério

21/06/2011 09h26


Fonte G1

Dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados nesta segunda-feira (20) pelo Ministério do Trabalho mostram que foram criados 252.067 empregos com carteira assinada em maio deste ano.

De acordo com o ministério, o número de empregos criados não é recorde histórico para meses de maio. O melhor resultado para o quinto mês de um ano foi registrado em 2010 - quando foram criados 298 mil empregos com carteira assinada.

O resultado mensal frustrou a expectativa do ministro do Trabalho, Carlos Lupi, que havia previsto para este mês um resultado superior a abril, quando foram abertas 272 mil vagas. "Alguns setores não deram ainda o resultado, mas deverão dar. Construção civil não foi tão forte quanto eu imaginava. Mas vai ser muito bom a partir do mês de julho", disse o ministro.

Acumulado do ano

Segundo dados do Caged, emprego formal também não bateu recorde para o período de janeiro a maio. Nos cinco primeiros meses de 2011, a criação de vagas formais somou 1,17 milhão. Neste caso, o governo considerou os empregos registrados após o prazo formal de envio para o período de janeiro a abril deste ano.

Mais cedo, em evento no Rio de Janeiro, Lupi havia estimado que foram gerados 1,16 milhão de empregos formais no Brasil.

"Atingimos o primeiro milhão [de empregos criados] da presidente Dilma Rousseff", comemorou o ministro Lupi. O valor, porém, ficou abaixo do registrado em igual período do ano passado (1,38 milhão de vagas no conceito ajustado – englobando os empregos fora do prazo em 2010).

Sem desaceleração
Apesar do emprego formal ter recuado em maio e nos cinco primeiros meses deste ano, o ministro Lupi insistiu que não há desaceleração na criação de empregos formais.

"Não considero desaceleração. Considero ajuste. Podem haver algumas adequações momentâneas do mercado. A área de emprego tem alguns efeitos diferenciados da economia. Quando o PIB em 2009 foi negativo, acabamos com mais de 1,7 milhão de empregos criados", disse ele.

Segundo o ministro, os investimentos externos é que serão responsáveis por alavancar os empregos formais neste ano. "Como teve uma diminuição da oferta de recursos dos bancos públicos, houve uma ampliação de investimentos estrangeiros, o que não aconteceu em 2008 e 2009. O Brasil virou uma meca de investimentos. Todo mundo quer investir no Brasil", afirmou ele.

Lupi avaliou que está havendo "substituição" de capital para investimento interno por externo. "Além disso, temos o Minha Casa Minha Vida 2. E muitas obras do PAC recém iniciadas, que vão estar mais fortes no segundo semestre. Temos muitas obras que vão ser aceleradas na preparação para a Copa e para as Olimpíadas", disse.

Ano passado e previsão para 2011
Em todo ano passado, os números do governo mostram que foram criados 2,5 milhões de empregos com carteira assinada no país, recorde histórico. Porém, a meta foi atingida somente com mudanças no formato de divulgação dos dados do Caged – que passaram a incorporar, no mesmo ano, as informações enviadas pelas empresas fora do prazo.

Para 2011, primeiro ano do mandato da presidente Dilma Rousseff, Lupi manteve a previsão de que serão criadas três milhões de vagas formais (novo recorde) apesar do corte de gastos de R$ 50 bilhões anunciado e da subida da taxa básica de juros. Essas medidas buscam conter o crescimento da inflação.

"Em 2010, não tivemos emprego público. Vamos ter, no segundo semestre, mais empregos municipais, estaduais e federais. Têm vários setores com cursos já autorizados. Na área federal, vai ter menos, mas tem alguns autorizados", declarou Lupi.

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