Suspeito diz que fez sexo com menor antes dela ser morta asfixiada

09/03/2020 09h07


Fonte g1

Imagem: Reprdoução/G1Clique para ampliarAlessandra Costa(Imagem:Reprdoução/G1)
Bruno Valadares Cardoso, de 18 anos, suspeito de participar do "tribunal do crime" que julgou Alessandra Costa, de 17 anos, disse à Polícia Civil que manteve relações sexuais com a vítima e em seguida ela foi executada por outros dois membros da facção que ele faz parte. O crime foi planejado, afirmou o suspeito à polícia. As informações são do G1.

Em depoimento, Bruno disse que iria pegar um carregador para despistar a vítima e saiu do quarto para a dupla entrar. Enquanto um imobilizou os braços de Alessandra, outro aplicou um golpe chamado mata leão (sufocamento). A vítima não conseguiu nem mesmo gritar antes de morrer, disse Bruno à polícia. Os dois ainda não foram localizados.
O corpo foi encontrado nesta sexta-feira (6) em estado avançado de decomposição na região do Anel Viário, zona Oeste de Boa Vista. O delegado Adriano Santos, responsável pelo caso, classificou o assassinato como "brutal".

Em depoimento, Bruno contou que resolveu matar Alessandra após ela confessar que já namorou e teve filho com um dos chefes da facção rival. O suspeito desconfiou que o relacionamento fosse uma armadilha para matá-lo e por isso armou o tribunal.

A irmã do Bruno, que tem 16 anos e era amiga da vítima, foi apreendida por participar da execução atraindo a vítima e ajudando na desova do corpo, informou a Civil. Também foi preso Mike André da Silva, de 20 anos. Bruno e Mike já tiveram a prisão convertida em preventiva.

Ainda de acordo com os depoimentos, os três alinharam um discurso para servir como álibis uns dos outros. A adolescente chegou, inclusive, a mentir para a mãe da vítima. No entanto, quando foi convidada a depor na delegacia, ficou nervosa, começou a chorar e disse que estava arrependida.
Em 3 de março, Alessandra foi para escola às 7h, conforme queixa prestada pela família. Bruno disse que foi buscá-la por volta de 12h. Eles foram para casa de Mike, no local também estava a adolescente que era amiga de Alessandra e irmã de Bruno.

As amigas fizeram as sobrancelhas juntas, todos almoçaram e depois Alessandra foi para o quarto acompanhada de Bruno. Enquanto isso, Mike saiu para chamar mais dois homens, contaram os três em depoimento na delegacia.

O corpo ficou escondido dentro da casa, mas após três horas começou a espalhar um cheiro forte, conforme relato da adolescente à Civil. A garota resolveu pedir um carro com carroceria emprestado a uma tia dizendo que o irmão iria receber um dinheiro.

Os três saíram para abastecer o veículo e estocar gasolina em uma garrafa. Voltaram para o local do crime e colocaram o corpo na carroceria do carro, cobriram com um pano e vários objetos foram colocados juntos para disfarçar, incluindo a cadeira de rodas de Mike.

O corpo foi desovado, o trio colocou fogo no pano que o cobria e despejou a gasolina que haviam guardado, de acordo com a Civil. Confessaram também que depois de voltarem para casa, resolveram vender o celular da vítima por R$ 240, o valor foi dividido entre os três.

Devido às condições em que o corpo foi achado, também serão realizados exames pelo Instituto Médico Legal (IML) para identificar oficialmente se o corpo é de Alessandra.

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