Mulher de Bruno nega ter visto Eliza ferida, diz irmão

21/07/2010 10h12


Fonte Notícias Terra

Imagem: Pedro SilveiraClique para ampliarDayanne prestou depoimento na última sexta-feira(Imagem: Pedro Silveira)Dayanne prestou depoimento na última sexta-feira

Diego Rodrigues do Carmo, irmão da mulher do goleiro Bruno, Dayanne Souza, afirmou na manhã desta quarta-feira que sua irmã contestou as versões dadas por Sérgio Rosa Sales e pelo adolescente J., ambos primos do jogador, a respeito do desaparecimento da estudante Eliza Samudio. Em entrevista à rádio Itatiaia, de Belo Horizonte (MG), Diego disse que Dayanne afirmou, durante o depoimento prestado na última sexta-feira, que Eliza não apresentava ferimentos no sítio do atleta.

"(Eliza) estava bem. Essa versão de que ela estava ferida não é verdadeira", disse Diego. No dia 9 de junho, data em que a estudante teria sido morta, segundo a polícia, Luiz Henrique Romão, o Macarrão, e o adolescente primo de Bruno teriam levado Eliza e o filho dela em um carro, com a suposta desculpa de que iriam levá-la para um apartamento que o jogador teria alugado para ela. De acordo com Diego, depois que o carro retornou ao sítio de Bruno sem Eliza, o jogador pediu a ajuda da mulher.

"Dayanne, preciso da sua ajuda. A Eliza viajou para resolver uns problemas dela e deixou o menino comigo. Eu preciso que você cuide dele", teria dito Bruno, ainda de acordo com Diego. No mesmo depoimento, Dayanne afirmou que teria visto Eliza no dia 10 de junho, o que também contraria a cronologia do caso elaborada pela polícia.

O caso
Eliza desapareceu no dia 4 de junho, quando teria saído do Rio de Janeiro para Minas Gerais a convite de Bruno. No ano passado, a estudante paranaense já havia procurado a polícia para dizer que estava grávida do goleiro e que ele a agrediu para que ela tomasse remédios abortivos. Após o nascimento da criança, Eliza acionou a Justiça para pedir o reconhecimento da paternidade de Bruno.

No dia 24 de junho, a polícia recebeu denúncias anônimas dizendo que Eliza havia sido espancada por Bruno e dois amigos dele até a morte no sítio de propriedade do jogador, localizado em Esmeraldas, na Grande Belo Horizonte. Durante a investigação, testemunhas confirmaram à polícia que viram Eliza, o filho e Bruno na propriedade. Na noite do dia 25 de junho, a polícia foi ao local e recebeu a informação de que o bebê apontado como filho do atleta, de 4 meses, estava lá. A atual mulher do goleiro, Dayanne Rodrigues do Carmo Souza, negou a presença da criança na propriedade. No entanto, durante depoimento, um dos amigos de Bruno afirmou que havia entregado o menino na casa de uma adolescente no bairro Liberdade, em Ribeirão das Neves, onde foi encontrado. Por ter mentido à polícia, Dayanne Souza foi presa. Contudo, após conseguir um alvará, foi colocada em liberdade. O bebê foi entregue ao avô materno.

Enquanto a polícia fazia buscas ao corpo de Eliza seguindo denúncias anônimas, em entrevista a uma rádio no dia 6 de julho, um motorista de ônibus disse que seu sobrinho participou do crime e contou em detalhes como Eliza foi assassinada. O menor citado pelo motorista foi apreendido na casa de Bruno no Rio. Ele é primo do goleiro e, em depoimento, admitiu participação no crime. Segundo o delegado-geral do Departamento de Investigação de Homicídios e Proteção à Pessoa (DIHPP) de Minas Gerais, Edson Moreira, o menor apreendido relatou que o ex-policial civil Marcos Aparecido dos Santos, conhecido como Bola ou Neném, estrangulou Eliza até a morte e esquartejou seu corpo. Ainda segundo o relato, o ex-policial jogou os restos mortais para seus cães.

No dia seguinte, a mulher de Bruno foi presa. Após serem considerados foragidos, o goleiro e seu amigo Luiz Henrique Romão, o Macarrão, acusado de participar do crime, se entregaram à polícia. Os três negam participação no desaparecimento. A versão do goleiro e da mulher é de que Eliza abandonou o filho. No dia 8, a avó materna obteve a guarda judicial da criança.



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