Governadores pedem a Bolsonaro compra emergencial de "kit intubação"

19/03/2021 14h32


Fonte Cidadeverde.com


O Fórum Nacional de Governadores encaminhou um ofício ao presidente Jair Bolsonaro em que aponta problemas no abastecimento de medicamentos utilizados em UTIs (Unidades de Tratamento Intensivo).

“Temos o levantamento do CONASS, que faz um alerta de que já em várias regiões há escassez no abastecimento de medicamentos. Muitos deles, tendo de 0 A 20 dias, no máximo, de estoque. Principalmente, analgésicos, anestésicos e bloqueador neuromuscular. Ou seja, já são 18 estados, por exemplo, que tem dificuldade já com a escassez de bloqueador neuromuscular. E são medicamentos essenciais para o atendimento a quem está sendo tratado em UTI, em leitos clínicos e por essa razão o que queremos? É que se tenha mais do que um monitoramento, que se tenha medidas para aquisição, a nível nacional pelo ministério da Saúde para distribuição aos estados e municípios, a rede hospitalar”, diz o governador Wellington Dias.

Treze governadores assinaram o documento em que é solicitada a compra emergencial de 11 medicamentos cujos estoques se encontram em pior situação.

“Da última semana (7 a 13 de março do ano em curso), ao menos 11 medicamentos estão em falta ou em baixa cobertura (entre 0-20 dias) em mais de 10 estados; notadamente, a situação mais grave refere-se aos bloqueadores neuromusculares, que estão em falta ou em baixa cobertura (entre 0-20 dias) em pelo menos 18 estados”, diz a nota dos governadores.

Os gestores também indicam a necessidade de cancelamento, por 60 dias, em todo o país de cirurgias eletivas, nos setores público e privado, para que os leitos sejam utilizados somente para o tratamento da Covid-19.
Imagem: Ascom/ConsércioNordesteGovernadores em visita ao Laboratório União Química.(Imagem:Ascom/ConsércioNordeste)Governadores em visita ao Laboratório União Química.
 
Outra solicitação é a realização de tratativas diplomáticas com outros países para a compra de medicamentos no exterior.

Os governadores argumentam que o crescimento no número de casos nas últimas semanas fez o Conass (Conselho Nacional dos Secretários de Saúde) informar sobre irregularidades no abastecimento de bloqueadores neuromusculares, anestésicos e sedativos utilizados nas UTIs.

*Com informações da Folhapress

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