Consórcio Nordeste estuda acordo com a Rússia para compra de vacina contra a Covid-19

14/08/2020 14h45


Fonte G1 MA

O governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB) afirmou em coletiva realizada nesta sexta-feira (14), que os estados do Nordeste, por meio do Consórcio Nordeste, estão em contato com o governo da Rússia para um possível acordo de uso da vacina contra a Covid-19, anunciada esta semana pelo governo russo.

O protocolo de adesão ainda está em fase preliminar. Flávio Dino explicou que o governador da Bahia, Rui Costa, está em nome dos nove estados, realizando as negociações junto com empresas e as autoridades russas para garantir acesso à vacina.

"O governador do estado da Bahia, onde se situa o Consórcio Nordeste, está em nome dos nove estados do Nordeste tratando com empresas e com o Governo Russo um protocolo que nos garanta o acesso a este momento de experimento. E se Deus nos proteger por este caminho ou por qualquer outro, nos termos uma diálogo visando um futuro no abastecimento do nosso estado no que se refere a uma possível vacina que seja produzida naquele país ou qualquer outro. Neste caso, foi a Rússia que anunciou ter descoberto a vacina",
disse.
Imagem: Reprodução/G1 MAGovernador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), em entrevista coletiva virtual nesta sexta-feira (14).(Imagem:Reprodução/G1 MA)Governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), em entrevista coletiva virtual nesta sexta-feira (14).

A eficácia da vacina russa tem sido questionada pela comunidade científica internacional. O site oficial sobre a pesquisa afirma que, no dia 1° de agosto, os testes de fase 1 e 2 foram concluídos. A Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda que sejam realizadas três etapas de testes.

Nesta semana, o Paraná assinou um documento para o desenvolvimento da vacina russa contra o coronavírus no país. A assinatura do termo foi realizada por videoconferência com representantes do governo do Pará, Ministério da Saúde e embaixada da Rússia.

Registro internacional
Imagem: Anton Vaganov/File Photo/ReutersCientista durante a pesquisa por uma vacina contra a Covid-19 em São Petesburgo, na Rússia, em 11 de junho de 2020.(Imagem:Anton Vaganov/File Photo/Reuters)Cientista durante a pesquisa por uma vacina contra a Covid-19 em São Petesburgo, na Rússia, em 11 de junho de 2020.

A Rússia foi o primeiro país a aprovar uma vacina contra a Covid-19, menos de dois meses depois do início dos testes clínicos. O anúncio foi feito pelo presidente russo, Vladmir Putin, na terça-feira (11).

A vacina russa se chamará Sputnik V, em alusão à corrida espacial da Guerra Fria entre União Soviética e Estados Unidos. O Sputnik I foi o primeiro satélite a orbitar a Terra, lançado pelos soviéticos em 1957.

A vacina ainda não concluiu os testes em estágio avançado e por isso, tem sido alvo de desconfiança por parte de cientistas. A Organização Mundial da Saúde (OMS) afirmou que a Rússia "não precisa de sua aprovação" para registrar a vacina, e que precisará ter acesso aos dados da pesquisa para avaliar a eficácia e segurança de imunização.
Imagem: Handout / Russian Direct Investment Fund / AFPA foto, do dia 6 de agosto, mostra a vacina desenvolvida na Rússia contra a Covid-19, a primeira a ser registrada em todo o mundo contra a doença.(Imagem:Handout / Russian Direct Investment Fund / AFP)A foto, do dia 6 de agosto, mostra a vacina desenvolvida na Rússia contra a Covid-19, a primeira a ser registrada em todo o mundo contra a doença.

Desenvolvida pelo Instituto Gamaleya, em Moscou, os testes clínicos iniciais da vacina russa começaram em humanos há menos de dois meses, em 17 de junho. Apenas 38 pessoas foram testadas e as pesquisas dos estudos não foram publicados pelas autoridades russas.

A terceira fase de testes começou na quarta-feira (12). Mais de 2 mil pessoas na Rússia, em países do Oriente Médio (Emirados Árabes Unidos e Arábia Saudita) e da América Latina (Brasil e México), receberam a dose da Sputnik V.

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Tópicos: governo, vacina, covid