Campanha procura doador para menino com leucemia
28/09/2013 13h15Fonte G1 PI
A corrente de solidariedade em prol da saúde do pequeno Caio Rodrigues continua. A batalha do menino de cinco anos que tem leucemia e não tinha condições de pagar um transplante de medula óssea no Hospital Sírio Libanês, em São Paulo, comoveu os piauienses em outubro de 2012. Agora, nove meses após o procedimento, a doença de Caio retornou e o seu doador anterior, o irmão caçula Leonardo Rodrigues, não pode ser novamente o doador. Por conta disso, neste sábado (28), amigos e familiares do menino fazem a campanha “Doe vida em vida! Doe medula”.Imagem: Arquivo pessoal
Caio Rodrigues tem leucemia e precisa de transplante de medula óssea.
Caio Rodrigues tem leucemia e precisa de transplante de medula óssea.A mobilização acontece nos hemocentros de Teresina (PI), Brasília (DF) e Petrópolis (RJ). Segundo a jornalista Sâmia Menezes, uma das organizadoras da ação, a intenção é ampliar o cadastro de doadores de medula óssea e com isso, conseguir um doador para o pequeno Caio.
“Há muitas pessoas que são doadoras de sangue, no entanto, não disponibilizam medula óssea para outras pessoas. Logo, com este ato queremos sensibilizar quem é doador de sangue para que também seja doador de medula. Desejamos também mostrar a importância deste gesto que pode salvar muitas vidas”, justifica.
Sâmia explica que apenas com uma coleta de 10 ml de sangue, como em um exame sanguíneo simples, o voluntário ficará cadastrado no Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (Redome), onde estará disponível para portadores de leucemia de todo o mundo que precisem de um Transplante de Medula Óssea (TMO).
A mãe de Caio, Lara Rodrigues, acredita que quanto maior for o número de doadores maior será a possibilidade de encontrar uma pessoa combatível com seu filho. Durante entrevista ao G1, ela explicou porque o irmão de Caio não pode mais ser o doador e esclarece as razões pelas quais o menino precisa de uma medula óssea de uma pessoa que não seja seu parente.
“O transplante de Medula Óssea (TMO) é uma medida para que a doença não volte. Logo,o paciente precisa acabar com a doença para só então seguir para o TMO. No caso do Caio, não foi possível acabar totalmente com a leucemia. Então ele fez o transplante com uma doença residual. Isso não era bom. Uma medica aqui em São Paulo chegou a me dizer que o índice de retorno da doença nesses casos era de 80%. Mas infelizmente, as tentativas de acabar totalmente com a doença não tiveram êxito e ele teve que fazer nessas condições. Após a medula do Caio esta destruída, ele recebeu a nova medula. Tudo correu muito bem e Caio não teve nenhum tipo de rejeição, a medula do irmão era muito compatível com a sua. Acontece que no caso dele isso não era o ideal”, esclarece Lara Rodrigues.
Apesar do sofrimento ao saber que o nascimento de Leonardo Rodrigues não contribuiu para salvar a vida do irmão, a mãe de Caio está confiante e acredita que encontrará um doador para seu filho.
“Quando Caio precisou de TMO pela primeira vez e não sabíamos da compatibilidade do Leozinho, ele foi inscrito no Registro Nacional de Receptores de Medula Óssea(Rereme). Agora seu cadastro foi reativado e já temos quatro possíveis doadores, no entanto, estas pessoas ainda precisam passar por exames e saber se eles querem doar a medula óssea. Já que muitas pessoas desistem do procedimento. Estão confiantes de que eles não vão mudar de ideia e, caso mudem encontraremos um novo doador ”, afirma.
Entenda o caso
Em junho de 2010, Lara Rodrigues descobriu que o filho Caio Rodrigues de dois anos estava com Leucemia Linfoide Aguda. Ela conta que o tratamento começou assim que a doença foi descoberta, entretanto, com o passar do tempo o quadro clínico do menino mudou de médio para alto risco, sendo necessária a realização de exames em São Paulo. Diante da batalha que o filho enfrentaria, os pais de Caio largaram os seus empregos e mudaram para a capital paulista.
Depois de dez meses do início dessa jornada, Lara sentiu a necessidade de engravidar, pois a doença de Caio já estava controlada e não se falava na indicação de transplante. E faltando dois meses para o fim do tratamento, que era de dois anos, a família recebeu a triste notícia que de que a leucemia voltava a habitar o corpo de Caio.
Imagem: Arquivo pessoal
Um site foi criado para arrecadar recursos com objetivo de pagar as despesas do tratamento.
Um site foi criado para arrecadar recursos com objetivo de pagar as despesas do tratamento.A situação financeira também foi motivo de preocupação para os familiares de Caio, já que valor o cobrado pelo tratamento era muito alto. Um site foi criado para arrecadar recursos e houve uma grande mobilização nas redes sociais.
“Conseguimos arrecadar uma boa quantia e com ela pagamos a primeira fase do tratamento. Este dinheiro nos ajudou tanto que, atualmente, Caio faz quimioterapia usando uma medicação importada dos Estados Unidos. Este remédio custou R$ 60 mil porque não tem aqui no Brasil”, disse Lara Rodrigues.
A esperança de cura para Caio era as células do cordão umbilical do irmão Leonardo Rodrigues, que foram coletadas e armazenadas, porém elas não foram suficientes para a realização do transplante, sendo necessária a realização de coleta de medula diretamente no irmão mais novo. "Os médicos pediram que esperássemos o Leozinho completar seis meses de idade para fazemos o transplante, assim fizemos e em novembro o transplante foi realizado”, lembra a mãe de Caio.
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