João Henrique diz que junção do PT com PMDB tem que passar por convenção

22/10/2016 08h30


Fonte Cidadeverde.com

O vice-presidente estadual do PMDB, João Henrique Sousa, não está muito simpático a esta possível união do seu partido com o PT no Piauí. Segundo ele, em todo o país não há nada parecido, já que os dois partidos se tornaram adversários por conta do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), que acabou por efetivar o então vice Michel Temer no Palácio do Planalto.

"A questão está com os deputados estaduais. Cada um sabe onde o sapato aperta. Eu tenho dito que isso não é uma questão do PMDB. Para se fazer a junção de um partido a outro, é necessário que tenha uma convenção extraordinária e seus 480 delegados apoiem. Não havendo isso, há uma aproximação e eu não discuto o mérito. Os deputados devem obrigação de representação aos seus eleitores. Eles devem saber o que estão fazendo",
afirmou durante entrevista ao Jornal do Piauí.

Imagem: Cidadeverde.comJoão Henrique Sousa (PMDB)(Imagem:Cidadeverde.com)João Henrique Sousa (PMDB)

Para João Henrique, o panorama nacional não condiz com uma aliança entre os dois partidos. "Eu confesso que essa não é uma operação fácil, se você observar o panorama político, nos 26 estados brasileiros você não encontra nenhuma aproximação entre as forças do PMDB e as forças do PT, pelo contrário. O que se vê em cada um deles é o distanciamento, cada um em um vértice", declarou, ressaltando que, no caso do Piauí, o governador Wellington Dias ainda usa a foto da ex-presidente Dilma em seu gabinete.

"O PMDB hoje está comandando o governo federal e, naturalmente, o PT, que deixou de ser governo, acusa o governo que está instalado, que no meu entender chegou ali de forma institucional, depois de um longo processo que tramitou tanto na Câmara como no Senado, de ilegítimo, golpista. Se você for hoje ao gabinete do governador Wellington Dias você ainda verá posta a fotografia da presidente Dilma, em reconhecimento naturalmente que o governo não mudou, e se mudou foi de forma ilegítima",
desabafou.

João Henrique citou como exemplo da ofensiva petista sobre o PMDB, no Piauí, as eleições municipais. "Dentro dessa dicotomia, nós participamos agora de uma eleição municipal, onde o PMDB sentiu o peso do governo petista, atrapalhando o PMDB. Nós perdemos eleições que considerávamos na expectativa de vitória. Cito a própria cidade do presidente Themístocles, em Esperantina. Não foi diferente em Floriano, perdemos a eleição por menos de mil votos. sentimos a força do governo lá. Posso citar também Uruçuí", lembrou.

Outro fator que, segundo o peemedebista, impediria uma aproximação dos dois partidos, é a intenção do PMDB em lançar candidato ao governo em 2018.

"Participei de reunião com 148 cidades do partido e vejo uma manifestação entusiasmada dos municípios que o PMDB tenha candidato em 2018",
concluiu.

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