Assembleia Legislativa do Piauí discute orçamento estadual de 2015

28/11/2014 08h34


Fonte G1 PI

Imagem: G1 PIClique para ampliarDisputa entre os poderes é para garantir uma boa fatia do orçamento estadual.(Imagem:G1 PI)Disputa entre os poderes é para garantir uma boa fatia do orçamento estadual.

A poucas semanas para o fim do ano de 2014, a Assembleia Legislativa do Piauí já está tratando os recursos orçamentários para as despesas em 2015. A disputa entre os poderes é para garantir uma boa fatia do orçamento do governo estadual tendo em vista que os valores já definidos podem não cobrir todos os gastos previstos. Em 2015, as despesas entre os órgãos somam R$ 8 bilhões.

Nesta quinta-feira (27), a Assembleia Legislativa esteve em reunião com procuradores do estado para cobrar mais recursos para o órgão, que têm garantidos R$ 296 milhões para o ano de 2015.

“A grande novidade deste ano foi que o Supremo Tribunal Federal atribuiu ao legislativo o poder de tirar de um lado e colocar para o outro. Se você olhar para o Piauí, há reclamações na saúde, segurança, na infraestrutura, o judiciário reclama de falta de juiz, o ministério público. Todos os poderes reclamam. Mas a gente tem que buscar o entendimento”, disse o presidente da Assembleia Legislativa, Themístocles Sampaio (PMDB).

No poder executivo, a maior parte do valor previsto para as despesas no ano vai para a Secretaria de Educação que receberá recursos em torno de R$ 1,6 bilhão. Já o poder judiciário vai receber em torno de R$ 469 milhões, quase o dobro do que prevê as despesas no legislativo para o ano de 2015.

Segundo o presidente da Associação dos Magistrados do Piauí, Leonardo Triguero, o valor parece ser muito, mas com a contratação de 400 novos servidores e mais 25 juízes, pode comprometer a saúde financeira do órgão.

“A previsão de concurso é com base exatamente no incremento orçamentário. Caso não venha esse incremento, ou seja, caso haja o corte, infelizmente o Tribunal vai ter dificuldades de realizar esses concursos”,
disse.

Já o Deputado Estadual, Merlong Soares (PT), que faz parte da equipe de transição do governo, diz que a próxima gestão estadual defende os cortes no orçamento, porque é preciso ajustar a máquina administrativa à capacidade financeira do estado.

“Não é possível corrigir as defasagens orçamentárias, que eu reconheço que existem. Acho que o Tribunal de Justiça precisa de bem mais recursos do que a Assembleia Legislativa, por exemplo. Mas não é possível corrigir isso tudo de uma vez. É preciso haver o entendimento entre os chefes de todos os poderes para num processo gradativo, em diálogo com a melhoria das finanças do estado, haver uma recuperação progressiva do estado”.

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