Vítima é identificada e enterrada 45 dias após explosão de ônibus no Piauí

30/01/2015 08h30


Fonte G1 PI

Imagem: Reprodução/TV ClubeFamília lamentou demora para identificação da vítima de acidente.(Imagem:Reprodução/TV Clube)Família lamentou demora para identificação da vítima de acidente.

Após 45 dias do acidente com um ônibus da Transbrasiliana na BR-316, a família de Flaviana da Silva Sousa finalmente enterrou na tarde desta quinta-feira (30) o corpo da vítima, que aguardava ser identificada pela perícia da Polícia Federal em Brasília. Para o pai de Flaviana, Luiz Gonzaga, a demora na liberação da filha só demonstra a ineficiência do estado em não oferecer este tipo de exame.

"Passamos este tempo todo esperando resposta, não tem como ficar indignado, revoltado com esta situação. Primeiro tivemos que comprovar que a Flaviana estava dentro do ônibus, pois o nome dela não constava na lista de passageiros, depois aguardar identificarem o corpo que estava carbonizado. Agora que recebemos o corpo, só espero que minha filha descanse em paz", lamentou o pai.

Imagem: Gustavo Almeida/G1Clique para ampliarÍtalo, filho da vítima, exibe foto da mãe Flaviana.(Imagem:Gustavo Almeida/G1)Ítalo, filho da vítima, exibe foto da mãe Flaviana.

Segundo Luiz Gonzaga, a empresa poucas vezes entrou em contato com a família e o acordo feito para custear o enterro da vítima não foi cumprido pela Transbrasiliana. "Eles ligaram no dia do acidente e outras três vezes. Nessa quarta-feira assim que o corpo foi liberado pelo IML a assessoria ligou, prometeu bancar todo o sepultamento, mas quando foi hoje no velório voltaram atrás. Mandaram eu enterrar a minha filha num cemitério público", denunciou.

Diante do descaso, o pai de Flaviana revelou entrar com um processo contra a empresa de transporte rodoviário. "Só não entrei antes porque ela estava sem identificação e somente agora podemos ir atrás de um advogado. Vamos tomar as providências cabíveis, não penso na questão de idenização, mas que a Transbrasiliana seja punida. Eles carregam vida humana, precisam ser responsáveis. Perder uma pessoa como nós perdemos é lamentável", declarou.

O G1 tentou entrar em contato com a Transbrasiliana, mas não obteve retorno. Outros dois corpos, que também foram periciados pela PF em Brasília, já foram identificados e aguardam liberação no Instituto Médico Legal. "As famílias das vítimas foram contactadas e por morar longe ainda não puderam vir", informou o chefe de perícia Antônio Nunes.

Entenda o caso
Um ônibus da empresa Transbrasiliana colidiu com um caminhão-tanque que trafegava em sentido contrário e os dois veículos se incendiaram. O acidente aconteceu próximo ao Km-40 da BR-316, entre os municípios de Lagoa do Piauí e Monsenhor Gil, Centro/Norte. Sete pessoas morreram e três pessoas foram socorridas em estado grave e encaminhadas ao Hospital de Urgência de Teresina (HUT), entre elas uma criança de 5 anos de idade.

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Tópicos: acidente, corpo, flaviana