Usuários de caixas eletrônicos reclamam da qualidade dos serviços

22/12/2014 09h30


Fonte G1 PI

Imagem: G1 PIClique para ampliarArimatéa Passos, presidente do sindicato dos bancários.(Imagem:G1 PI)Arimatéa Passos, presidente do sindicato dos bancários.

Os terminais bancários de autoatendimento, mais conhecidos como caixas eletrônicos, surgiram para proporcionar praticidade e rapidez aos clientes dos bancos, que muitas vezes não dispõem do tempo necessário para realizar todas as operações de maneira satisfatória. Não é a toa que 70% dos brasileiros utilizam o serviço, mas o número de profissionais disponíveis para acompanhar e oferecer qualidade aos clientes não parece acompanhar o crescimento da demanda.

Os usuários dos caixas eletrônicos de Teresina acumulam reclamações em relação aos serviços, o que espelha a situação nacional dos bancários, que desde 2001 viram o contingente de funcionários passar de cerca de um milhão, para a metade: 500 mil. A estes profissionais cabem obrigações como acompanhar os clientes nas operações nos terminais, realizar a manutenção das máquinas e colocar dinheiro nos caixas. Segundo Arimatéa Passos, presidente do sindicato dos bancários, a quantidade de profissionais da área não está acompanhando a demanda.

“Há uma carência muito grande, por isso todos os anos nós pedimos mais bancários. Precisamos reunir mais agências, estar onde o povo precisa usar os seus bancários, e com certeza essas dificuldades, como as filas, tenderão a diminuir cada vez mais. Vai funcionar muito melhor se tivermos mais pessoas trabalhando”,
ressalta.

De acordo com a Fundação de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon), a legislação não regulamenta o tempo de espera nas filas dos terminais, mas com a frequência das reclamações, o órgão acompanha de perto os serviços prestados. O conciliador Campelo Júnior argumenta que a fiscalização existe e é necessária.

“O Procon, através do setor de fiscalização se dirige até o caixa, faz a constatação para que haja a instauração de um processo administrativo para imputar a responsabilidade à empresa. De fato não existe uma regulamentação de tempo de espera sobre a fila de caixas eletrônicos, dada a situação da pulverização de caixas automáticos em toda a cidade, mas seria um tema interessante a ser regulamentado pela legislação municipal, quiçá até pela estadual”, adverte.

Enquanto isso, os clientes são prejudicados com os atrasos e baixa qualidade nos serviços oferecidos, como é o caso do empresário Maycks Martins, que relata ser comum encontrar poucos caixas eletrônicos funcionando, e até mesmo máquinas que não funcionam corretamente devido à falta de manutenção.

“Você faz todo o procedimento cabível, ao final da operação, quando insere o cartão, a máquina recusa e isso deixa qualquer um irritado. Os bancos estão com um lucro exorbitante e trabalhando de menos em prol de nós usuários”,
desabafa.