Um ano depois, investigação sobre morte de Júlia Rebeca continua no PI

27/11/2014 08h15


Fonte G1 PI

Um ano após a morte da estudante Júlia Rebeca, 17 anos, que cometeu suicídio na cidade de Parnaíba depois que teve um vídeo íntimo compartilhado na internet, a Polícia Civil do Piauí continua as investigações sobre o caso. De acordo com a delegada Cristiane Vasconcelos, titular da Delegacia Especializada na Repressão aos Crimes de Alta Tecnologia (Dercat), o inquérito ainda está tramitando porque a polícia trabalha para identificar pessoas que compartilharam as imagens expondo a intimidade da adolescente. Júlia Rebeca foi encontrada morta dentro do seu quarto no dia 10 de novembro do ano passado.

Imagem: Gustavo Almeida/G1Delegada Cristiane Vasconcelos continua as investigações sobre o caso.(Imagem:Gustavo Almeida/G1)Delegada Cristiane Vasconcelos continua as investigações sobre o caso.

O caso ganhou grande repercussão e chocou a população de Parnaíba, cidade onde a jovem morava com a família. No vídeo, Júlia aparece ao lado de outros dois jovens protagonizando cenas eróticas. “Temos que identificar se existe dolo na divulgação. Você saber que se trata de uma menor de idade e compartilhar é crime porque às vezes isso se torna viral”, disse a delegada.

De acordo com ela, desde o ano passado foram ouvidas as pessoas que participaram do vídeo e realizados laudos periciais nos celulares dos jovens. “A polícia está atrás de crime previsto no Estatuto da Criança e do Adolescente, que é divulgar vídeo contendo cenas de sexo explícito envolvendo crianças ou adolescentes”, informou a delegada. Sobre possíveis pedidos de prisão, ela diz que medidas cautelares podem ser tomadas a qualquer momento ainda no decorrer do inquérito.

A delegada revela que algumas solicitações de busca e apreensão em outro estado da federação foram feitas e aguardam deferimento pelo juiz da comarca de Parnaíba. Cristiane não quis revelar qual estado e nem o que seria apreendido. “A partir do momento que se tomou conhecimento do vídeo, de quem fazia parte e que afirmava que ela era menor de idade, e mesmo assim, quem tomou conhecimento, ainda continuou a prática de divulgação, aí sim incide no crime”, disse.

A delegada revelou ainda que uma investigação está em andamento na Polícia Federal para identificar sites hospedados em provedores internacionais que divulgaram o vídeo da estudante. “Uma investigação paralela foi aberta na Polícia Federal porque alguns sites são hospedados fora do Brasil. A gente ficou com a investigação local, de provedores locais”, encerrou a delegada.

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