Promotor defende punição severa para suspeitos de estupro coletivo no PI

29/05/2015 14h52


Fonte G1 PI

O promotor da 2ª Vara da Infância e Juventude de Teresina, Mauricio Verdejo, declarou nesta sexta-feira (29) que defenderá a extensão da medida socioeducativa que será determinada aos adolescentes suspeitos de praticar o estupro coletivo em Castelo do Piauí, a 190 Km de Teresina na quarta-feira (27).

Imagem: Gilcilene Araújo/G1Clique para ampliarPromotor  diz que suspeitos podem ficar presos por mais tempo.(Imagem:Gilcilene Araújo/G1)

Para ele, os adolescentes devem permanecer como internos mesmo após o cumprimento das medidas socioeducativas por três anos, como determina o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).

Verdejo disse que tomará como base uma decisão da justiça paulista determinando a permanência de Roberto Aparecido Alves Cardoso, o Champinha, em uma Unidade Experimental de Saúde. Ele é acusado de matar o casal Felipe e Liana em 2003. Na época, Champinha tinha 16 anos e foi internado na extinta Febem, atual Fundação Casa. Após ficar três anos cumprindo medidas socioeducativas, ele permaneceu internado.

“Eu defendo uma medida mais severa para estes menores. Não podemos aceitar que os quatro adolescentes fiquem apenas três anos internados. Ficarei responsável por fiscalizar a medida. Por isso, vou solicitar a permanência dele no Centro Educacional Masculino por mais tempo”, declarou.

O promotor explicou que a ampliação da medida só poderá ocorrer mediante a realização de exames que comprovem o risco da sociedade em conviver com adolescentes capazes de cometer um ato transgressor, como o que aconteceu em Castelo do Piauí.

“A lei permite a internamento de adolescentes por mais tempo, no entanto, é necessária a comprovação de periculosidade. Eles deverão passar por avaliações com psicólogos e psiquiatras”, comentou o promotor.

Os quatro adolescentes foram detidos no dia seguinte ao crime e transferidos na noite de quinta-feira (28) de Campo Maior para o Complexo do Menor Infrator em Teresina. Segundo o juiz da 2ª Vara da Infância e Juventude, Antônio Lopes, os suspeitos já foram ouvidos e devem ser transferidos para o Centro de Internação Provisória (CEIP) ainda nesta sexta-feira (29).

Entenda o caso

Quatro adolescentes foram brutalmente agredidas, estupradas e depois amarradas no final da tarde da quarta-feira (27).

De acordo com as polícias civil e militar, as garotas teriam saído para tirar fotos em um ponto turístico distante alguns quilômetros da zona urbana, quando foram rendidas por cinco homens.

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