Polícia descobre clínica clandestina de aborto e prende três pessoas

17/05/2018 08h00


Fonte Cidadeverde.com

Imagem: Cidadeverde.comClique para ampliarPolícia descobre clínica clandestina de aborto e prende três pessoas.(Imagem:Cidadeverde.com)

A Polícia Civil de Paulistana descobriu uma residência que seria local para a prática de abortos na cidade.

A denúncia partiu de uma adolescente de 16 anos que fez a interrupção da gravidez, teve complicações e segundo a investigação estava sendo coagida pelo ex-namorado. Na operação batizada de "Espéculo" três pessoas foram presas, entre elas uma técnica de enfermagem. A operação foi realizada em conjunto com a Polícia Militar de Paulistana.

O comandante da Polícia Militar de Paulistana, major Stanislau Felipe Oliveira informou que a residência atuava como uma clínica clandestina e funcionava no bairro Santo Antônio.

"Foram apreendidos materiais hospitalares, bisturi, gases e tudo leva a crê que havia essa prática de induzimento de aborto no local",
disse o major Felipe.

A Polícia informou que foram presas a técnica de enfermagem Vilma Inocência Ribeiro e próprietária da residência Jéssica Rita da Conceição e o ex-namorado da menor Cleiton Rodrigues de Oliveira, que é mecânico.

Segundo a polícia, a operação faz parte do inquérito que investiga a prática do aborto feito na menor V. E. X. de S.

"Segundo as investigações, a menor vinha sofrendo reiteradas ameaças de morte por parte do ex-namorado que tinha o intuito de que fosse realizado tal procedimento",
diz a nota.

"A menor, sentindo-se coagida, foi submetida ao procedimento sofrendo graves consequências físicas e psicológicas, tendo sido inclusive, transferida para o Hospital Regional de Picos em estado grave logo após o procedimento",
revelou o comunicado da Polícia.

O delegado Cícero de Oliveira, que investiga o caso, informou que a adolescente relatou, em depoimento, que foi cobrado R$ 300 pelo aborto.

"A adolescente disse que foi usado uma substância semelhante ao Cytotec, no entanto ela passou mal após chegar em casa e foi levada para o hospital, mas agora não corre mais risco de morte",
disse o delegado.

Durante a operação foi apreendido também medicamentos abortivos. O material será periciado.

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