Número reduzido de policiais militares prejudica serviços no estado do Piauí

22/10/2014 09h29


Fonte G1 PI

Imagem: G1 PIClique para ampliarBaixo contingente de policiais e apoio a órgãos compromete atividades.(Imagem:G1 PI)Baixo contingente de policiais e apoio a órgãos compromete atividades.

O número reduzido de policiais vem comprometendo os serviços da Polícia Militar do Piauí. Atualmente são cerca de 5.500 homens, quando a quantidade considerada como ideal seria de 11 mil militares. O baixo contingente encontra-se também sobrecarregado com serviços de variadas naturezas, muitas vezes deixando de realizar a guarda ostensiva, justamente por serem descolados para outras atividades.

Segundo coronel Renato Alves, Relações Públicas da PM-PI, isso vem acontecendo porque os órgãos responsáveis por diversos serviços falharam, e comprometem o policiamento ostensivo. Apenas no mês de outubro, foram 50 atendimentos por falta de energia elétrica, além de apoio a equipes do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) em 53 serviços de urgência.

“Isso prejudica a qualidade do serviço policial militar, porque deixamos de fazer nosso papel principal, que é o policiamento ostensivo para dar apoio a estes outros órgãos, que poderiam também estar prestando seus serviços com uma maior qualidade para a população”,
conta o oficial.

Questionada sobre a situação, a coordenação do SAMU confirmou que solicita o apoio da PM para alguns serviços, mas assegura que a parceria seria prevista através de portaria do Ministério da Saúde para resguardar a integridade física das equipes de resgate em áreas ou situações de risco de violência. Segundo Helsimone Rodrigues, coordenadora do órgão, a medida visa assegurar o bom trabalho das equipes e o bem-estar da sociedade.

"Nessas situações de violência é necessária a presença da polícia sim. Tanto para promover a segurança da população, do solicitante e do paciente, como da própria equipe para que possamos prestar o serviço devido”,
ressalta a coordenadora.

A direção da Agespisa disse que, só recorre à polícia em casos extremos, quando estão em risco de vida ou quando a integridade física de algum servidor é ameaçada durante a realização dos serviços. Como a empresa não tem poder de polícia, os servidores precisam de apoio durante algumas ações, como o combate ao furto de água.

Já a assessoria de comunicação da Eletrobras Piauí informou que tem todo interesse em cooperar com as instituições públicas, em especial com as polÍcias militar e civil do estado. A empresa esclareceu ainda que a convocação da policia militar se deu em uma situação pontual, visando preservar o patrimônio público.