'Era para ser um dia de festa', diz mãe de bebê que morreu em hospital do PI

02/09/2015 08h57


Fonte G1 PI

Imagem: Reprodução/TV ClubeSara Valentina morreu após ser medicada em hospital de Campo Maior.(Imagem:Reprodução/TV Clube)Sara Valentina morreu após ser medicada em hospital de Campo Maior.

'Era para ser um dia de festa, mas está sendo de tristeza',
disse Eliane Alves da Silva, de 28 anos, mãe de Sara Valentina Alves Nascimento, de um ano e oito meses que morreu na terça-feira (1º) depois de ter tomado uma medicação no Hospital Regional de Campo Maior, a 78 km da capital. A criança falecida tem uma irmã que faz aniversário no mesmo dia.

Imagem: Ellyo Teixeira/G1Clique para ampliarEliane Alves, mãe da criança morta. (Imagem:Ellyo Teixeira/G1)Eliane Alves, mãe da criança morta.

"Estou arrasada porque hoje poderia estar comemorando o nascimento da minha filha de três anos, mas sofro com a perda da caçula",
disse a mãe, abalada.

O corpo da criança foi liberado do Instituto Médico Legal (IML) por volta das 18h da terça-feira.

Eliane conversou com o G1 e contou que a criança começou a passar mal em casa logo de manhã cedo. Segundo o que ela relatou, a bebê vomitou por duas vezes em casa, tinha febre e se queixava de dores. Já no hospital para ser consultada por volta das 8h da manhã dessa terça-feira (1º), a criança voltou a vomitar e foi medicada.

"Foi muito rápido porque, quando a enfermeira aplicou a medicação, ela (a bebê) deu apenas um suspiro e desmaiou. Fiquei desesperada. Levaram ela para outra sala, o médico chegou a fazer massagem cardíaca. Sem conseguir nenhuma reação dela, o médico pediu para que eu saísse da sala porque iriam dar um choque para reanimação. E eu dizia que queria ficar do lado da minha filha. Fecharam a porta e quando saíram foi para dizer que ela tinha falecido",
contou.

Questionada sobre o que pode ter acontecido, a mãe da bebê disse que no momento em que a criança foi encaminhada para a aplicação da medicação, a enfermeira se mostrava confusa.

Segundo Eliane, a profissional chegou a dizer que no hospital não tinha dipirona, e logo depois apareceu com uma medicação. A mãe contou que a filha já tinha tomado a medicação outras vezes e nenhum efeito parecido foi identificado.

Imagem: Ellyo Teixeira/G1Mãe chora a morte da filha ao lkado do caixão.(Imagem:Ellyo Teixeira/G1)Mãe chora a morte da filha ao lkado do caixão.

"Foi uma fatalidade, mas tem alguma coisa errada. Não quero acusar ninguém, mas a enfermeira que aplicou a medicação chegou a dizer que não tinha dipirona no hospital e logo depois veio com o remédio. Lá tinha alguns estagiários que ajudavam na separação dos remédios. E ainda uma senhora com uma criança também para ser medicada. Não sei, mas pode ser também que ela possa ter trocado as medicações", contou.

A tia da criança Elizete Barbosa, irmã de Eliane Alves, contou querer justiça. Ela acredita que pode ter sido um erro médico e pede que a polícia investigue o caso. Segundo ela, logo depois que foi confirmado a morte da criança, os enfermeiros tentaram impedir que a família ficasse com o prontuário e as receitas para comprovar o fato.

Segundo o Instituto Médico Legal, o laudo com a causa da morte da criança deverá sair em até 10 dias. O delegado Laércio Evangelista, de Campo Maior, disse que as investigações sobre o que pode ter acontecido já estão em andamento. Ele contou ainda que familiares da criança já prestaram depoimento na delegacia da cidade e que outras pessoas devem ser ouvidas.

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