Política

Disputa na Assembleia envolve cargos e R$ 281 milhões

31/01/2015 12h47

Fonte 180graus

Será neste domingo (1ª/02) a eleição para escolha do novo presidente da Assembleia Legislativa. Não é à toa que PT e PMDB travam uma briga ferrenha pelo comando da casa. A disputa vai muito além da questão política e, talvez, essa seja, a de menos importância.

O que está por traz de tudo isso, é uma elevada soma em dinheiro, muitos cargos, poder e prestígio.

No quesito político, o presidente da Assembleia é o segundo na linha sucessória no comando do Estado. Na história do Piauí, vários presidentes do legislativo assumiram a governança, pela falta do governador e do vice. O último foi Kleber Eulálio(PMDB), que passou um mês no Karnak em 2001, quando Mão Santa(PMDB) foi cassado e hoje, figura na galeria dos ex-governadores.

DINHEIRO
O presidente da Assembleia vai gerenciar este ano, um orçamento de R$ 281 milhões. É ele quem determina, fiscaliza e assina todas as despesas.

Assim como o governador e o presidente do Tribunal de Justiça, o presidente da Assembleia é quem nomeia e demite servidores, autoriza contratos, licitações e todos os atos do poder. É quem diz o que deve ser votado, mesmo os projetos que estejam prontos para votação.

Imagem: Alepi

Fábio Novo tenta chegar à presidência da Casa Legislativa.

O prestígio do presidente do poder legislativo é amplo. Constitucionalmente, é obrigado a comparecer a todas as solenidades oficiais do Estado, faz parte da liturgia do cargo. Mas, ele pode, entretanto, designar um representante.

CARGOS
Com a criação da Fundação Humberto Reis, TV e radio Assembleia, Escola do Legislativo, Departamento de saúde, o legislativo do Piauí tem mais cargos do que o judiciário. Todos os cargos, independente de quem indica, a nomeação passa obrigatoriamente pelo presidente.

BRIGA PALACIANA
Na eleição para vices e secretários da Mesa da assembleia, a chapa que vai ser votada é a que foi elaborada pelo palácio Petrônio Portela. Não vingou a chapa dos Palácios de Karnak e da Cidade.

ROLO COMPRESSOR
Se for eleito presidente da Assembleia, o deputado Temístocles Filho pode se considerar um homem poderoso. Derrotará o governador, o prefeito da capital, quatro senadores e uma penca de políticos com ou sem mandato.

Imagem: Alepi