Detentos da Penitenciária Irmão Guido se casam e são batizados

30/04/2017 08h58


Fonte G1 PI

Imagem: Sejus/DivulgaçãoMatrimônio foi realizado dentro da penitenciária.(Imagem:Sejus/Divulgação)Matrimônio foi realizado dentro da penitenciária.

A Secretaria de Justiça do Piauí (Sejus) realizou neste sábado (29) as cerimônias de casamento e batizado de detentos da Penitenciária Regional Irmão Guido, em Teresina. Cinco internos celebraram matrimônio e sete foram batizados. A ação aconteceu em parceria com a Igreja Pentecostal Brasil para Cristo.

O interno José Wilson Bacelar completou seis anos de detenção no mesmo dia em que se uniu à também reeducanda da Penitenciária Feminina de Teresina, Iolanda Silva. Após dois meses de envio de cartas entre as unidades prisionais, os dois decidiram firmar a união em casamento.

“Eu me tornei uma nova pessoa aqui dentro e, se Deus quiser, no ano que vem, terei minha liberdade e seguirei meu caminho. Hoje, já sou casado e foi a experiência aqui dentro que mudou a minha vida”,
disse José Wilson.

Há dois anos e meio na Penitenciária Feminina, Iolanda destaca que apesar de estar na mesma condição do seu marido, quando saírem do sistema penal, os dois terão uma nova vida. “Hoje é o dia mais feliz da minha vida e tenho fé que, quando sairmos da prisão, iremos viver essa felicidade juntos”, falou.

Segundo o coordenador de Apoio Espiritual da Secretaria de Justiça, Estevão Marlon, a assistência religiosa oferecida aos detentos tem se mostrado ferramenta importante no processo de reinserção social.

Além do casamento, sete internos da Irmão Guido foram batizados. Antônio dos Santos foi um dos que recebeu o batismo e destaca que a oportunidade de receber o sacramento dentro da unidade prisional é importante para o seu processo de ressocialização.

“Aqui temos a possibilidade de pagar por nossos erros, refazer a nossa vida e, principalmente, nos aproximarmos de Deus”,
frisou.

O secretário de Justiça, Daniel Oliveira, observa que a ressocialização pode acontecer de várias formas, seja pela arte, educação, trabalho ou religiosidade.

“Essas pessoas privadas de liberdade merecem uma oportunidade de se casar e ter comunhão com Deus, para, quando saírem do sistema prisional, terem um alicerce familiar e uma base religiosa sólida”,
falou o secretário.