Detento morto na Casa de Custódia não se sentia ameaçado, diz diretor

01/08/2015 09h15

Fonte G1 PI

O detento Klécio José Alves dos Reis Martins, de 23 anos, assassinado no pavilhão D da Casa de Custódia por outros presos nesta sexta-feira (31) estava há apenas 29 dias no presídio e cumpria pena por homicídios, segundo a Secretaria de Justiça do Piauí. De acordo com o capitão Dênio Marinho, diretor da unidade prisional, a vítima não se sentia ameaçada por outros presos da mesma ala.

“No dia 25 desse mês houve um problema nesse pavilhão e alguns presos nos pediram para serem transferidos de ala, nós os retiramos e colocamos em outros locais, mas esse preso foi um dos poucos que não solicitou a transferência, dessa forma, podemos dizer que ele se sentia seguro onde estava”, relatou.

Esse já é o segundo homicídio dentro da na Casa de Custódia neste ano. Segundo o Sindicato dos Agentes Penitenciários (Sinpoljuspi) somente em 2015 já foram registradas 10 mortes violentas dentro de presídios do Piauí e 8 mortes por causas naturais. A Secretaria de Justiça disse que só poderia dar números oficiais sobre homicídios no Sistema Prisional no dia 3 de agosto.

O corpo do detento assassinado no presídio foi encaminhado ao Instituto Médico Legal de Teresina (IML). Segundo a Sejus, o delegado da Delegacia de Homicídios já esteve no local e realizou todos os procedimentos necessários para o início da investigação e que alguns detentos lesionados foram encaminhados à Central de Flagrantes para apurar a possível participação no crime.

Nota da Sejus (íntegra)

A Secretaria de Estado da Justiça do Piauí informa que está investigando a morte de Klécio José Alves dos Reis Martins, de 23 de idade, conhecido como “Palhaço”, ocorrida nesta sexta-feira (31), na Casa de Custódia de Teresina. Klécio, que morava na capital, foi preso acusado de homicídio, transferido da Central de Flagrantes de Teresina para a Casa de Detenção Provisória de Altos no dia 14 de maio de 2015 e transferido para a Casa de Custódia no dia 2 de julho de 2015. O delegado da Delegacia de Homicídios já esteve no local e realizou todos os procedimentos necessários para o início da investigação, dentre eles a condução de alguns detentos fisicamente lesionados à Central de Flagrantes para apurar a possível participação no crime.

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