Com visitas suspensas, presídios registram tentativa de fuga e tumulto

28/11/2014 12h49


Fonte G1 PI

Imagem: Patrícia Andrade/G1Presos tentaram fugir pelo teto da Penitenciária Mista de Parnaíba.(Imagem:Patrícia Andrade/G1)Presos tentaram fugir pelo teto da Penitenciária Mista de Parnaíba.

Um princípio de tumulto e tentativa de fuga foram registrados na quinta-feira (27) em dois presídios do Piauí. Na Penitenciária Vereda Grande, em Floriano, presos se revoltaram com a apreensão de facas, ferros, estiletes e até um bola de futebol jogada para dentro da prisão recheada de droga. Alguns detentos chegaram a quebrar cadeados e bater nas grades. Já na Penitenciária Mista de Parnaíba, no Litoral, três presos tentaram escapar pelo teto, mas a fuga foi abortada. Para a direção de presídios da Secretaria Estadual de Justiça, a situação é considerada preocupante e pode ser agravada com a greve dos agentes penitenciários que provocou a suspensão das visitas.

Em Floriano, presos de grupos rivais iniciaram um tumulto que sói foi controlado após a chegada do Comando de Operações Especiais e Força Tática. Na Penitenciária Mista de Parnaíba, os próprios agentes que fazem a segurança na unidade perceberam a tentativa de fuga e conseguiram evitar.

O diretor de presídios Wellington Rodrigues informou que a Sejus enviará nesta sexta-feira (28) uma notificação ao governo do estado solicitando uma intervenção imediata para resolver a greve dos agentes penitenciários.

"Todos os diretores demonstram preocupação e temem rebeliões, pois os detentos estão exaltados pela suspensão de visita e por não poderem ir às audiências. Algo precisa ser feito, pois estamos colocando em risco a vida dos servidores e dos próprios presos. Vamos solicitar inclusive intervenção da Ordem dos Advogados para mediar a negociação entre o governo e os agentes penitenciários", destacou Wellington Rodrigues.

Para o Sindicado dos Agentes Penitenciários do Piauí (Sinpoljuspi), o governo tem se mostrado resistente nas negociações. "Estamos tentando resolver a situação, mas o governo é resistente em negociar", disse Vilobaldo Carvalho, presidente do sindicato.

O representante do Sinpoljuspi informou ainda que esta semana esteve reunido com o secretário de administração e com o Tribunal de Contas do Estado para discutir a questão do reajuste da categoria. "Na oportunidade, os conselheiros nos entregaram a determinação de corte de gastos do governo e em nenhum momento foi colocado em pauta o não pagamento do reajuste dos servidores. É difícil entender o que está acontecendo. Uma nova reunião foi marcada para a próxima terça-feira", declarou.

Os agentes penitenciários deflagraram greve na segunda-feira (24) diante do não cumprimento do reajuste salarial de 10,5%, previsto desde 2013 e incluído na lei orçamentária do estado. Durante o movimento, ficaram suspensas as visitas familiares, íntimas e de advogados, deslocamentos de detentos para audiências, recebimentos e transferências de presos de delegacias e da Central de Flagrantes.

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