Após fraude, prova para soldado do Corpo de Bombeiros do PI é anulada

24/03/2017 08h38


Fonte G1 PI

Imagem: ReproduçãoPortaria com anulação do concurso do Corpo de Bombeiros do Piauí.(Imagem:Reprodução)Portaria com anulação do concurso do Corpo de Bombeiros do Piauí.

As provas para o cargo de soldado do Corpo de Bombeiros do Piauí, do edital 01/2014 foram anuladas em virtude das investigações de fraude aplicadas no certame. A informação foi confirmada pela secretaria de administração e previdência do estado nesta quinta-feira (23). A portaria com a anulação deve ser publicada no Diário Oficial do Estado nos próximos dias.

O certame foi alvo da Operação Vigiles, deflagrada em novembro de 2016, que conseguiu a expedição de 36 mandados de prisões, 35 mandados de condução coercitiva e 71 de busca e apreensão. No total, 28 pessoas foram presas. Por conta da ação, o Corpo de Bombeiros suspendeu o concurso no mesmo mês.

Além da anulação, a portaria comunica a eliminação dos candidatos citados nas investigações policiais como envolvidos na fraude. Os demais candidatos inscritos tem assegurado o direto de participar das novas provas ou de ter o seu dinheiro da taxa de inscrição devolvido.

O Núcleo de Concursos e Promoção de Eventos (Nucepe), organizador do certame, vai divulgar novo cronograma para a realização das provas. A portaria também assegurou o mesmo número de vagas para o curso de formação.

Esquema de fraude
A quadrilha suspeita de fraudar o concurso público do Corpo de Bombeiros do Piauí repassava os gabaritos através mensagem de texto por celular. O modus operandi era, praticamente, o mesmo usado pela quadrilha presa na operação Veritas, realizada no início deste ano, que desbaratou uma quadrilha suspeita de fraudar o concurso do Tribunal de Justiça do Piauí.

Na época da operação, o delegado Carlos César, coordenador do Grupo de Repressão ao Crime Organizado (Greco), da Polícia Civil do Piauí afirmou que existiam candidatos pilotos que faziam as provas e repassavam aos demais membros do esquema fraudulento.

“Os gabaritos eram repassados ainda em sala de aula, provavelmente usando aparelhos celulares. Temos áudios que comprovam a fraude antes, no dia do concurso e após a realização das provas. Todos os presos mantinham contato entre si”,
afirmou.

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Tópicos: concurso, fraude, provas