Assembleia de professores provoca paralisação e Secretário considera manifestação precipitada

04/03/2015 08h09

A Direção Regional do SINTE-PI comunica aos trabalhadores municipais em educação que na assembleia realizada na última terça-feira (03), ficou decidido para os professores que não receberam o reajuste salarial a paralisação, até que se publique o decreto de reajuste e seja pago em folha suplementar o retroativo referente aos meses de janeiro e fevereiro de 2015.

De acordo com a presidente do SINTE/Regional Floriano, Léa Almeida, a paralisação foi uma decisão tomada em assembleia, como uma forma de poderem valorizar a classe docente.

“Falamos diretamente com o prefeito através do celular e ele nos informou que estava sendo encaminhado um decreto, mas com essa nossa assembleia e com essa perspectiva de reajuste salarial para os professores que não fazem parte do piso, então, seria formulado outro decreto e depois da publicação teria possivelmente uma folha suplementar com o retroativo de janeiro e fevereiro, diante disso mesmo com essa decisão que foi dada pelo prefeito a categoria decidiu paralisar suas atividades até o recebimento desse retroativo”, disse.


Segundo Léa Almeida, a assembleia contou com um bom número de professores, sendo uma oportunidade única após as discussões de tudo que foi esclarecido para a categoria.

“O piso foi dado apenas para uma categoria que praticamente não existe mais, que é a categoria do professor do ensino médio. A gente não tem nem conhecimento de ter algum em sala de aula, então para aqueles outros professores graduados em diante não foi dado esse reajuste. Está sendo feito realmente esse encaminhamento através da reforma administrativa, mas a lei é bem clara, o piso salarial dos profissionais do magistério a nível de Brasil é a partir de janeiro, então nós temos que ser contemplados todos, e não só apenas aquele professor da letra A”, finalizou.

Secretário de Educação considera paralisação precipitada

Após a entrevista com a Prof. Léa Almeida, a reportagem do Portal FlorianoNews procurou o Secretário Municipal de Educação, Prof. Nelson Júnior, que considerou a manifestação de paralisação precipitada já que não há nenhum atraso salarial, e recomendou que todos os professores cumpram as funções normalmente.

“Fui procurado pela professora Léa e fiz uma ligação para o prefeito. Ela conversou com ele e no mesmo dia procurei o prefeito Gilberto júnior, e ele disse que tinha acertado com a professora Léa e disse a ela que estava pedindo um parecer jurídico da procuradoria do município. De acordo com esse parecer jurídico ele faria pagamento ou não. Entretanto, eu acho que houve uma certa precipitação dos professores ou do sindicato, se tinham acertado com o prefeito pra até esta terça esperarem o parecer da procuradoria só a partir desta quarta que deveria haver qualquer movimento no sentido de paralisação ou não paralisação, pois a greve é um estado legítimo de qualquer categoria profissional”, disse.


Segundo o Secretário, ainda na terça-feira (03), o prefeito mostrou o parecer da procuradoria e nesta quarta estará sendo elaborado um decreto para o pagamento retroativo à janeiro de 2015.

“Eu não vejo nenhuma dificuldade em esperar um parecer jurídico de um prefeito que tem conversado com o sindicato, eu não sei por que essa precipitação, os professores não irem pros colégios e não darem aula. Se teve uma conversa entre o prefeito e a presidente do Sinte, e o prefeito me chama e diz que está resolvido eu não sei porque esse movimento. Não tem porque esse movimento, até porque se continuar esse movimento caberá a justiça determinar a legalidade ou não do mesmo”, destacou.

Ainda de acordo com o Prof. Nelson Júnior, nesta quarta-feira (04) será baixado o decreto e até o dia 10/03 será realizado pagamento a todos os professores do município. O Secretário ainda assegurou que os pais podem mandar seus filhos normalmente para as escolas, pois os professores estarão lá para receber e ensinar um ensino de boa qualidade à todos munícipes.

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